Joaquim Lopes é conhecido por seus diversos trabalhos em novelas e em peças, como a atual “Beetlejuice: O musical”. Mas, o que talvez nem todos saibam, é que ele trabalha também como chef de cozinha. Inclusive, ele revela que é nessa atividade que se sente mais realizado. 

“Dentro da cozinha é onde sou mais eu. Quando você está fazendo um personagem, você meio que está emprestando sua experiência de vida para criar uma persona. Na cozinha é o contrário: quanto mais fiel você for a quem é, mais resultado isso vai dar na execução dos pratos, no sabor, na execução”, afirmou o artista durante o Programa do João deste sábado (30).

Recentemente, o cozinheiro abriu o bar Oripi, localizado no bairro do Ipiranga, em São Paulo. O nome do estabelecimento significa Origem Ipiranga, justamente pelo fato de que toda a família de Lopes vem da região paulistana.

Sua ancestralidade é muito importante para o intérprete, sendo que, por exemplo, aprendeu a cozinhar com a avó.

“Minha avó Hilda, que foi quem me ensinou a cozinhar, ia no Domingo de Ramos, levava os ramos para a igreja. Era uma semana inteira de pratos e tem um específico, um bacalhau de forno… Um dia estávamos na cozinha e ela botou o bacalhau no forno. Na hora que ela foi pegar a travessa, acho que o braço dela já não estava forte, a travessa escorregou e espatifou. Ela olhou para mim com os olhos cheios de água. Ela olhou para mim e falou: ‘Meu filho, acho que quem fará a próxima Páscoa vai ser você’. No final daquele ano ela faleceu”, relatou.

O cardápio do restaurante é todo baseado em memória afetiva. Há até um ravioli que se chama Antonio Lopes, em homenagem ao pai de Joaquim.

“Eu como irmão caçula meio que sempre fui o preferido. Sempre fui. Eu era o cara que ficava de longe, observando”, brincou ele, que ainda mostrou um pouco dos bastidores da cozinha para João Silva.