Ana Furtado foi convidada do Programa do João deste sábado (24) e, entre homenagens que recebeu no Arquivo Pessoal, falou sobre o difícil diagnóstico de câncer de mama que enfrentou nos últimos anos. Em conversa com João Silva, a apresentadora afirmou que o processo inteiro foi complicado e relembrou que teve medo de anunciar o diagnóstico para o público, preocupada com o preconceito que poderia sofrer a partir disso.
"No primeiro momento, eu fiquei muito reticente em dizer que eu estava doente porque câncer é uma palavra muito dura, muito cruel e forte, que significa no primeiro momento "morte". Eu sempre trabalhei muito, fiz várias coisas ao mesmo tempo, me mostrei uma guerreira com energia, vontade e uma força de viver tão grande, de repente com câncer... Eu fiquei com medo de que as pessoas esquecessem tudo o que eu construí e olhassem para mim e só vissem o câncer. A gente sabe como o mundo é preconceituoso, como as pessoas são preconceituosas, então eu não queria falar", confessou.
Apesar do medo inicial, Ana Furtado decidiu compartilhar seu momento delicado com o mundo - especialmente depois de conselhos do marido, Boninho - e a resposta do público não poderia ter sido melhor. “Eu recebi imediatamente uma onda de amor que fez parte do remédio que me curou. Eu tenho certeza que alguém dessa plateia deve ter rezado por mim, torcido por mim, e eu sempre agradeço muito por essa onda de amor. A fé nunca me abandonou”, disse, agradecendo o auditório do programa.
A apresenta afirmou também que depois percebeu a importância de pessoas públicas, que têm destaque midiático, falarem abertamente sobre questões mais delicadas com os fãs. “Quando eu, enquanto pessoal pública, vou lá e falo que estou com câncer de mama, as pessoas que também estão se sentem mais seguras em falar e não se sentem mais sozinhas e isso faz toda a diferença porque o câncer é uma doença que é desconcertante de todas as formas, em todos os sentidos, e infelizmente mais de 70% das mulheres são abandonadas depois que recebem o diagnóstico”, disse. “Me colocar a disposição da causa, que é um propósito para o resto da minha vida, foi algo que eu descobri a partir da doença”, completou.