Câmara vota Plano de Promoção à Igualdade Racial, em Curitiba

Projeto prevê adoção de ações afirmativas para enfrentamento da desigualdade, do racismo e da violência

BandNewsFM

Câmara de Curitiba cria plano para enfrentamento da desigualdade racial
Foto: Prefeitura de Curitiba

O projeto de lei que cria o primeiro Plano de Promoção da Igualdade Racial será votado na terça-feira (23), na Câmara Municipal de Curitiba. 

O texto foi discutido nesta segunda-feira (22) no Legislativo e teve a votação adiada após a apresentação de uma emenda. 

O PLAMUPIR, como é chamado, é de autoria do prefeito Rafael Greca (DEM) e pretende unificar medidas no âmbito municipal para o enfrentamento à desigualdade, o racismo e a violência contra a população negra, indígenas e ciganos.

O projeto prevê a adoção de ações afirmativas em 9 eixos temáticos. Dentre eles: saúde, educação, esporte e lazer, desenvolvimento social, trabalho e enfrentamento à violência. 

De acordo com o texto, todas as secretarias, fundações e agências municipais, devem desenvolver ações voltadas aos objetivos traçados pelo plano, em abstrato. 

Curitiba tem, na atual legislatura, apenas três vereadores negros: Carol Dartora (PT), Renato Freitas (PT) e Herivelto Oliveira (Cidadania). 

O número representa menos de 8% do total de cadeiras. Segundo o levantamento mais recente do IBGE, os habitantes que se declaram pretos ou pardos representam 20% da população da capital.

Para o vereador Herivelto Oliveira (CDN), o plano é importante, pois leva questão da desigualdade racial para a pauta dos órgãos de governo.  

O déficit de representação da população negra em setores estratégicos da sociedade acaba por refletir nos setores responsáveis por planejar as políticas públicas na cidade, segundo o parlamentar. 

Outra parlamentar a defender a adoção do plano foi Carol Dartora (PT). Ela diz ser necessário e urgente a adoção de ações afirmativas, para reparar um passado em que os negros foram explorados. 

Para a vereadora, a principal razão da desigualdade racial existente no país foi o abandono do negro à própria sorte, após a abolição da escravidão. Ela comenta que a população negra ajudou a criar o Brasil, mas não recebeu a devida compensação pelo trabalho. 

A discussão do PLAMUPIR integra a pauta em alusão ao mês da consciência negra na Câmara Municipal. 

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