Ao longo de décadas, a Inglaterra tem sido a porta de entrada de jovens pilotos que chegam ao automobilismo europeu. Não apenas oriundos do Brasil ou da América do Sul, mas principalmente também de Austrália, Ásia e América do Norte.
O país é um dos palcos da Fórmula 4, que se tornou um dos degraus iniciais em diversos países para a chegada à Fórmula 1 – inclusive no Brasil, onde há rumores de que a categoria estreará em 2022.
Na próxima temporada, a Fórmula 4 britânica terá novidades (que poderão ser vistas também por aqui, case se confirme a F-4 Brasil). A principal: o chassi italiano Tatuus F4-T021, que substituirá os atuais Mygale M14-F4. Os motores Abarth com 180 hp substituirão os atuais, da Ford.
Segundo a organização, que ficará a cargo da Motorsport UK pelos próximos três anos, o novo carro “será uma das máquinas mais competitivas para que vencedores nos karts estreiem em monopostos”.
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A categoria, certificada pela FIA, dá ao campeão 12 pontos no caminho para a Superlicença. Desde 2016, a entidade exige 40 pontos ao longo dos últimos três anos para assegurar ao piloto o documento, necessário para quem quer correr na Fórmula 1.
No ano que vem, a exemplo do que já acontece em 2021, a F-4 britânica terá 10 etapas com rodadas triplas, totalizando 30 corridas no ano. A promessa é de que a Motorsport UK trabalhará com projetos de jovens pilotos “para assegurar que os inscritos tenham prospectos de real progresso no esporte e a caminho de categorias internacionais de alto nível”.
A Fórmula 4 britânica corre desde 2015 e teve como grande revelação até aqui o britânico Lando Norris, campeão na temporada de estreia e atualmente titular da McLaren na Fórmula 1. Naquele ano, Norris levou a melhor sobre pilotos que ganharam projeção internacional, como Colton Herta (hoje piloto da Andretti na Fórmula Indy), Matheus Leist (que disputou as temporadas 2018 e 2019 da Indy pela AJ Foyt) e Dan Ticktum (atualmente na Fórmula 2, e com passagens pelos programas de jovens pilotos de Red Bull e Williams na Fórmula 1).
Nos anos seguintes, entre 2016 e 2018, pilotos como Billy Monger, Oscar Piastri, Logan Sargeant, Olli Caldwell, Dennis Hauger e Jack Doohan passaram pela Fórmula 4 britânica antes de conseguirem destaque em outras categorias. Os campeões, no entanto, não tiveram o mesmo brilho de Lando Norris – Max Fewtrell, que levou a taça de 2016, esteve em 2020 na Fórmula 3, enquanto Jamie Caroline, que levou 2017, vem se dividindo entre monopostos e carros de turismo nos últimos anos.
Imagem de abertura: Divulgação
Emanuel Colombari
Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.