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Na liderança da F3, Bortoleto admite "conversas" com equipes da Fórmula 2

Emanuel Colombari

Imagem: Twitter/@Formula3

A etapa de Mônaco é apenas a terceira das nove da temporada 2023 da Fórmula 3. Mas Gabriel Bortoleto já começa a articular nos bastidores para dar o próximo passo: o acesso à Fórmula 2.

Líder da temporada da F3, com 58 pontos após as duas primeiras etapas (Bahrein e Austrália), o paulista da Trident revelou que já tem conversas com “uma equipe de ponta” da F2.

“A gente tem conversado com equipes de Fórmula 2. A gente já está, eu diria, avançado até. Mas agora, acho que o momento principal é de pensar na Fórmula 3, principalmente agora que a gente não fez um qualifying dos melhores aqui em Mônaco. Acho que agora é um momento só de pensar nisso. Mas respondendo à sua pergunta: sim, a gente já tem algumas conversas com algumas equipes”, afirmou Bortoleto, em entrevista ao blog.

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“O que eu acho que posso falar é que é uma equipe de ponta na Fórmula 2. Eles sempre demonstraram resultado. Vamos ver, né? É muito no começo para definir algo também, só foram conversas. Vamos ver como vão as coisas.”

Problemas em Mônaco

Em meio às conversas, Gabriel Bortoleto chegou a Mônaco com vitórias nas duas corridas principais das etapas anteriores, contabilizando também uma pole position na Austrália. Assim, o sétimo lugar no grid de largada para a corrida principal em Monte Carlo foi encarada com um discurso pouco otimista.

“Acho que o carro da Trident tem mais coisas boas do que falhas, eu diria. Mas em pista de rua como Mônaco, que é uma pista não é tão lisa, eu diria que a gente está sofrendo um pouco com os bumps - mesmo que seja uma pista que não tenha muito. A gente acredita que achou o defeito, o que prejudicou um pouco a gente no qualifying de hoje (26), a gente acredita que achou esse problema”, disse Bortoleto.

“Mas já foi o qualifying, não tem como voltar atrás. Mas Mônaco a gente sabe como é: mais ou menos onde você larga é mais ou menos ali onde você vai ficar, a não ser que tenha uma previsão de tempo diferente ou alguém bata na frente. Mas acredito que, em pista mais esburacadas digamos, se essa é a palavra certa, a gente sofre um pouquinho”, completou.

Imagem: Emanuel Colombari/Band

Otimismo com a equipe

Apesar da posição no grid para a prova do domingo (28), o brasileiro acredita que a Trident pode ser bastante competitiva ao longo do ano. Com os resultados das primeiras etapas, ele chegou a 58 pontos - o suíço Grégoire Saucy, da ART Grand Prix, tem 38 pontos e é o vice-líder.

“Eu acredito que os resultados têm muito de muito empenho da equipe, e da minha parte também. A gente tem trabalhado muito nesse começo de temporada - a gente fez muito simulador, a gente trabalhou bastante nos carros também durante todo o inverno na Europa. Para te falar a verdade, a gente vem trabalhando desde setembro do ano passado, assim que a temporada da Fórmula 3 acabou em 2022. A gente fez duas corridas (em 2023), agora está na terceira. Nas primeiras duas corridas, fiz segundo e primeiro no qualifying e ganhei as duas. Aqui em Mônaco, foi um pouquinho mais difícil, é o primeiro ano para a Trident na F3 aqui também. A gente não encaixou muito bem com o carro, eu poderia também ter acertado um pouquinho melhor a minha volta. Então, falta um pouquinho. Mas realmente, para alcançar o primeiro (Gabriele Minì, pole com a Hitech) estava bem difícil, ele estava muito à frente. Mas o começo de temporada tem sido muito bom até agora”, disse Gabriel, que sempre explicitou o empenho em assinar com a Trident para 2023.

“Acredito que eles acabaram muito bem no campeonato ano passado. Foram vice-campeões, mas ganharam nas ultimas três etapas (com Zane Maloney). Eles mostraram que tinham total potencial durante todo o ano. Por ser uma equipe italiana, por estar em Milão como base da equipe, e eu morar lá, acho que tudo se encaixou perfeitamente. Fiz o teste em Jerez, liderei os treinos, e acho que foi a cereja do bolo para falar: ‘Vamos fechar com vocês’. Eles também tinham total interesse, então a gente acabou concluindo esse contrato.”

A reportagem viajou a convite da PokerStars, patrocinadora oficial da Oracle Red Bull Racing

Emanuel Colombari

Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.

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