O ano de 1992 mostrou ao mundo um dos melhores carros da história da Fórmula 1: a Williams FW14B, que deu a Nigel Mansell o título mundial daquela temporada. Em 16 corridas, a equipe britânica venceu dez, deixando cinco vitórias para a McLaren e uma para a Benetton. Um domínio tão grande que fez do italiano Riccardo Patrese, companheiro de Mansell, o vice-campeão da temporada.
Mas para que haja um caçador, é preciso haver uma caça. E naquele ano de reinado da Williams, a presa mais fácil do grid foi a modesta Andrea Moda, uma aventura encabeçada pelo empresário italiano Andrea Sassetti que nem mesmo chegou a participar de todos os Grandes Prêmios daquele ano.
A aventura começou em 1989, quando Nick Wirth e Max Mosley fundaram a Simtek, uma empresa de tecnologia que trabalhava principalmente em projetos aerodinâmicos para a Fórmula 1. Em 1990, a companhia desenvolveu um projeto para a BMW, que estudava uma entrada na categoria com uma equipe própria. Os planos da BMW, no entanto, foram descartados na época – e o carro desenhado pela Simtek ficou esquecido.
Ao mesmo tempo, a categoria via o ocaso da Coloni, uma equipe que conquistou relativo sucesso nas categorias de formação durante a década de 1980, mas que quase nunca conseguiu nem mesmo passar pelas pré-classificações da época na F1. Entre 1987 e 1991, o time largou em apenas 13 corridas (uma delas, o GP de Mônaco de 1989, com os dois carros) e nunca somou pontos.
Leia também:
No fim de 1991, surgiu a inesperada figura de Andrea Sassetti, um jovem empresário italiano do ramo da moda, trazendo à Fórmula 1 um dinheiro de origem incerta para comprar a Coloni. Nascia assim a Andrea Moda, equipe italiana que disputaria a temporada de 1992 da Fórmula 1 levando o nome da marca de Sassetti.
O começo não foi dos mais promissores. O time apostou em versões modificadas do Coloni C4B, e inscreveu os italianos Alex Caffi e Enrico Bertaggia como pilotos titulares. No entanto, ao chegar a Kyalami para o GP da África do Sul que abriria a temporada 1992, a Andrea Moda foi informada que deveria pagar uma taxa de inscrição para novas equipes de Fórmula 1. Sassetti alegou que a Andrea Moda não era uma nova equipe, mas apenas a sucessora da Coloni; no entanto, como não comprou a inscrição que pertencia à Coloni, o time italiano ficou mesmo de fora da primeira prova do ano.
Para o segundo GP do calendário, no México, a Andrea Moda pagou a inscrição. Otimista, Andrea Sassetti trocou os C4B por dois exemplares daquele projeto que a BMW havia encomendado à Simtek e que havia sido descartado – agora batizados de S921. No entanto, como os novos carros não chegaram a tempo à Cidade do México, Caffi e Bertaggia mais uma vez ficaram de fora da prova.
Foi a gota d’água para os pilotos italianos, que foram à imprensa despejar críticas à equipe. Andrea Sassetti não gostou e mandou embora os compatriotas. No lugar da dupla, contratou o brasileiro Roberto Pupo Moreno e o britânico Perry McCarthy.
Quinze mil dólares em cash
Aos 33 anos, o carioca Roberto Pupo Moreno já vivia um momento de declínio de sua carreira na Fórmula 1. Depois de passar boa parte da década de 1980 correndo por diversas categorias em busca de uma vaga no grid da F1, teve a oportunidade de ser titular com a Coloni em 1989. Depois, fez figuração com a EuroBrun em 1990. Em ambas, passou longe de somar pontos.
No fim de 1990, ganhou a chance de assumir a vaga de Alessandro Nannini na Benetton, depois de um grave acidente de helicóptero sofrido pelo italiano. Estreou com o segundo lugar no GP do Japão de 1990, e foi mantido como titular no ano seguinte ao lado de Nelson Piquet. Perdeu a vaga no decorrer do ano, quando foi dispensado de maneira nada amistosa para dar lugar ao jovem Michael Schumacher, mas não ficou a pé: correu duas provas na Jordan (como substituto de Schumacher) e fechou 1991 disputando o GP da Austrália pela Minardi.
E foi já com a temporada 1992 em andamento que pintou a chance de voltar ao grid. Desta vez, para correr pela Andrea Moda, após um convite no fim de março.
“Eu tinha acabado meu processo na Benetton e estava pensando em mudar para os Estados Unidos, correr lá, ver o que eu faria, porque achei que, para guiar por uma equipe de ponta na Fórmula 1, eu já estava ficando velho. Ia ser difícil conseguir lugares depois da situação que eu tive, de levar a Benetton para resolver as coisas com eles fora da coisa amigável, né? Então, achei: ‘Pô, está na hora de mudar’. Comecei a olhar os Estados Unidos, olhar outras coisas, e recebi um telefonema de um amigo meu que me alugou um apartamento em Mônaco. Ele falou que tinha uma equipe que estava precisando de dois pilotos, (perguntou) se eu não estaria interessado, me contou um pouquinho da equipe, me contou o que ela era. Eu falei: ‘Se eles me pagarem US$ 15 mil assim que eu chegar na pista, eu fico. Se não tiver dinheiro em cash, em vou embora’. Foi assim que eu fiz com eles. Eu chegava na pista, (se) tinha um saquinho de US$ 15 mil, eu ficava para trabalhar”, contou Moreno em entrevista ao blog.
Assim, veio a terceira etapa da temporada, o Grande Prêmio do Brasil, que prometia ser um marco zero – para a Andrea Moda, para o modelo S921 e para Moreno e McCarthy. Mas para McCarthy, a espera precisou ser um pouco maior: na chegada a São Paulo, o britânico foi informado que havia um erro na emissão de sua superlicença, o que deixaria ele de fora do fim de semana. Para piorar, a equipe nem mesmo conseguiu montar o carro dele a tempo.
Mas houve tempo para que o carro de Moreno fosse montado, com a ajuda de mecânicos brasileiros. Na pista, o carioca marcou apenas 1:38.569 em sua melhor tentativa, a mais de 15 segundos do tempo do japonês Ukyo Katayama (Venturi), o último dos quatro pilotos que passaram pela pré-qualificação.
“Nós viemos ao Brasil, eles precisavam dar no mínimo uma volta na pista para garantir a sobrevivência na Fórmula 1. Nós conseguimos alcançar isso - de última hora, mas conseguimos. Aí começamos um processo de tentar fazer com que aquele carro pudesse fazer alguma coisa. Os mecânicos eram excelentes, eram mecânicos que eu já conhecia, com quem eu já tinha trabalhado no passado. A equipe tinha um projeto de carro bom, mas não tinha dinheiro para terminar”, elogiou Moreno, que viu o projeto começar a fazer água nas corridas seguintes.
“A equipe tinha mecânicos muito bons e um carro que foi desenhado muito bem. Era um projeto da Simtek, que foi feito para a BMW, e como a BMW acabou não dando sequência, aquele projeto ficou sentado ali. Veio a Andrea Moda e eles venderam esse projeto para a Andrea Moda. O problema é que o Andrea não tinha dinheiro suficiente para fazer a coisa acontecer, e ele foi levando como que dava. Quem ele podia empurrar para frente, ele empurrava. Acabou que as contas começaram a se acumular.”
Peças emprestadas da Ferrari
Nas etapas seguintes, a escuderia italiana conseguiu alguma evolução. No GP da Espanha, conseguiu colocar os dois carros na pista para a pré-classificação, embora o S921 de Perry McCarthy tenha parado com problemas de motor apenas quatro metros depois da saída dos boxes. No GP de San Marino, a dupla novamente esteve em ação. Em ambas, Moreno foi o quinto e McCarthy foi o sexto – apenas os quatro primeiros entre os seis participantes da pré-classificação avançavam.
E mesmo em meio a tantos problemas, a Andrea Moda ia caçando pequenos avanços. “Como eram uns mecânicos muito bacanas, que me conheciam, e a gente tinha confiança uns nos outros, eu montei um plano de ação. Falei para eles: ‘Gente, se nós conseguirmos pelo menos montar um carro para uma classificação e conseguirmos passar a pré-qualificação, já vai ser um grande sucesso’. E começamos esse processo. O problema é que nós não tínhamos as peças todas do carro ainda. Faltava asa traseira e faltava alguma coisa em relação ao aquecimento do carro. Faltavam os radiadores certos para aquele carro, para aquele motor. O carro conseguia dar quatro, cinco voltas e superaquecia. Então nós fomos trabalhando nisso, resolvemos parte do problema”, conta.
“Através de uns amigos na Fórmula 1 - que na época eu não podia contar, mas se trata de Ferrari e Benetton – eu consegui uma asa traseira, eu consegui as molas certas para o carro, os amortecedores certos, tudo emprestado de equipes que na época eu não podia falar. Porque eu tinha muita amizade no meio, e a Fórmula 1 inteira gostaria de me ver dando sequência na Fórmula 1. Então eu consegui fazer isso que pouca gente sabe que aconteceu”, acrescentou Moreno.
No fim, tudo que chegou das equipes de ponta precisou ser adaptado para se encaixar no carro da Andrea Moda. E o carro “ficou mais ou menos”, lembra Moreno.
“Quase que eu passo a pré-qualificação em Ímola, mas tinha um rolamento da roda da frente que travou bem na pré-qualificação. Aí nós adiamos um pouquinho, e a próxima corrida era Mônaco”, lembrou.
"Vou andar até quebrar"
Chegou 28 de maio de 1992, uma quinta-feira. Era o dia da pré-qualificação do GP de Mônaco, distribuindo quatro vagas para os seis carros participantes.
Desta vez, porém, a Andrea Moda tinha algumas cartas na manga. Que começaram a ser utilizadas dias antes daquela sessão.
“Eu conhecia muito bem a pista, (mas) o carro precisava fazer uma modificação no diferencial para poder funcionar em Mônaco. Eu conversei com os mecânicos e com o engenheiro que era muito amigo meu, o Hayden Burvill, e convenci o Andrea que nós deveríamos fazer um teste em um circuito pequeno na Itália. Nós achamos um circuito que era bem barato para alugar, em um lugar perto de Nápoles, perto de Capri, esses lugares, sul de Roma. Era uma pistinha em que, com um Fórmula 1, você botava primeira, segunda e terceira e tinha que frear. Mas era muito bom para as curvas de Mônaco, para acertar o diferencial. Nós descobrimos que o carro não virava o suficiente no volante, precisamos fazer uma modificação no volante, e conseguimos ajustar o diferencial para que funcionasse em Mônaco. Com um ajuste pequeno, boas ideias e amigos que me ajudaram, nós conseguimos fazer pelo menos um carro que poderia fazer alguma coisa em Mônaco”, descreveu o brasileiro.
E o carro fez alguma coisa em Mônaco. Com a marca de 1:27.186, Moreno conquistou o terceiro lugar entre os seis participantes da pré-classificação, conquistando uma das quatro vagas para a pré-classificação. Perry McCarthy foi o último, poupando o carro a pedido da equipe para que o companheiro pudesse pilotá-lo em caso de uma eventualidade.
Nas sessões para a definição do grid, Roberto Moreno conquistou o 26º tempo entre os 30 carros participantes, à frente de Eric van de Poele (Brabham), Damon Hill (Brabham), Andrea Chiesa (Fondmetal) e Paul Belmondo (March). A Andrea Moda, enfim, alinhava no grid e iria participar de uma corrida.
“O carro em Mônaco dava para dar quatro voltas antes de superaquecer, e o pneu precisava de seis voltas para dar uma volta boa. O que eu fiz? Dei duas voltas rápidas, parei, esperei esfriar e dei mais quatro voltas rápidas, que é onde eu tirei o melhor do pneu. Se você olhar bem, na primeira classificação, eu classifiquei super bem para aquele carro. Eu não fiquei entre os últimos. Mas as coisas começaram a quebrar no carro”, descreveu.
“Quando chegou na classificação final, eu saí, dei uma volta rápida, fiz desse jeito que te falei, duas voltas, depois quatro, e consegui me classificar muito bem. Quando eu parei no box, o escapamento estava trincado e eles começaram a mudar o escapamento. Se deixasse assim, acaba pegando fogo no carro, porque sai ali na fibra de carbono e pega fogo. Aí eles começaram a trocar no meio da classificação, e chegou uma hora que eu falei: ‘Olha, faltam 15 minutos para acabar, melhor botar o outro jogo de pneu e eu tento mais uma volta’. Eles foram trocar os pneus, a roda esquerda da frente não sai.”
Sim, tudo dava errado na Andrea Moda. Até quando dava certo.
“Alguns mecânicos da equipe eram ingleses, do pessoal que projetou o carro, e os outros mecânicos italianos eram os mecânicos que vieram da Coloni, com quem eu já trabalhei no passado. Eles tinham duas porcas da roda que estavam com a angulação errada para as rodas que nós tínhamos, e os engenheiros da Simtek colocaram em um saco plástico e escreveram em inglês ‘não usar’. Os mecânicos italianos viram aquelas porcas, não falavam inglês, acharam que as porcas eram novas e colocaram no carro. Consequência: a angulação estava errada e a porca travou de um jeito que não saía. Eu falei para o cara: ‘Olha, troca os três e deixa um pneu’.”
Resolvido? Não.
“Aí, quando eu estava pronto para sair, queimou a bomba de gasolina que dá pressão no sistema, e eu não saí para fazer aquela volta no final da classificação - que é geralmente a volta mais rápida, porque a pista está mais limpa. Eu, na verdade classifiquei com o tempo que eu virei no começo da sessão, que é bem mais lento do que se eu conseguisse virar no começo (sic). Acho que foi um grande feito nosso, e foi muito bacana poder ter atingido esse objetivo.”
A vaga veio. Com um carro defasado, com peças improvisadas, com um escapamento trincado, com porcas presas na roda de um pneu velho e com uma bomba de gasolina queimada. Mas veio: Moreno alinharia na 26ª posição da prova do domingo.
Foi uma corrida modesta de Roberto Moreno e da Andrea Moda. Nas primeiras voltas, o brasileiro ganhou algumas posições diante de abandonos. Pierluigi Martini (Dallara) rodou na primeira volta, Gianni Morbidelli (Minardi) e Karl Wendlinger (March) tiveram problemas de câmbio, Olivier Grouillard (Tyrrell) também ficou pelo caminho...
Até que chegou a vez de Moreno abandonar, com problemas de motor na 11ª volta. E que ele sabia que aconteceriam em pouco tempo.
“Quando chegou a corrida, veio o problema que eu não sabia que existia ainda. O cara que fazia os nossos motores, o John Judd, chegou para mim em um canto e falou: ‘Olha, como é que você vai fazer na corrida?’. Eu falei: ‘Vou andar, vou acelerar’. Nós tínhamos conseguido um outro trocador de calor com uma das equipes grandes também, para poder dar mais refrigeração no carro, fizemos o trabalho todo à noite. Quando chegou na hora da corrida, ele falou: ‘E aí?’. Falei: ‘Nós já fizemos tudo isso, vamos correr’. ‘O problema que você tem, Roberto, é que o seu motor só tem 50 milhas restantes antes da próxima revisão. Se você for correr, esse motor vai quebrar.’ Eu falei: ‘John, vou andar até ele quebrar, pô!’. E foi isso que nós fizemos.”
Fim da linha: dono da equipe é preso
O que poderia ser o início de uma curva ascendente acabou se mostrando o único brilhareco da Andrea Moda na Fórmula 1. No GP do Canadá que veio na sequência, os motores Judd não foram entregues por falta de pagamento, e a equipe precisou pegar um propulsor emprestado com a Brabham para equipar um dos carros. Roberto Moreno caiu na pré-qualificação, e Perry McCarthy nem participou.
No GP da França, os caminhões da Andrea Moda ficaram presos em uma barricada de manifestantes e não chegaram ao circuito de Magny-Cours – a equipe foi a única prejudicada. Depois, no GP da Inglaterra, os dois pilotos foram eliminados na pré-qualificação. Na Alemanha, Moreno caiu na pré-qualificação, enquanto McCarthy teve a participação excluída depois de se ausentar da pesagem do carro.
No GP da Hungria, a pré-qualificação foi reduzida a cinco carros depois que a Brabham diminuiu sua participação na F1, de dois carros para um – Moreno passou para a qualificação, mas não conseguiu uma das 26 vagas no grid, enquanto McCarthy caiu ainda na pré-qualificação.
Então, veio o GP da Bélgica.
O fim de semana em Spa-Francorchamps poderia ser positivo para a Andrea Moda: a Brabham havia fechado as portas, e a quantidade de pilotos na categoria dispensaria a pré-qualificação. No entanto, na primeira sessão de qualificação, Moreno foi o 28º e McCarthy foi o 29º, superando apenas Érik Comas (Ligier), que não registrou tempo. O britânico reclamou de problemas no carro e deixou o time.
No sábado, a chuva impediu que o carioca melhorasse o tempo, deixando ele de fora do grid. E para piorar a situação da Andrea Moda, Andrea Sassetti foi preso naquele mesmo dia – o que, para Moreno, criou uma imagem desproporcional em torno do time.
“Esse negócio que todo mundo fala que ele chegou a ser preso é muito injusto. A razão pela qual ele foi preso não tem nada a ver com os problemas da equipe ou de atitude dele. Algumas pessoas a quem ele estava devendo dinheiro fizeram uma causa na Justiça da Bélgica, porque lá em 24 horas você consegue que o juiz bloqueie os bens até o cara pagar. Um inglês fez isso com ele em Spa. Na Bélgica, você pode ir preso se fizer duas ofensas. Essa era uma. Aí o policial que veio bloquear os nossos equipamentos, ele maltratou um deles, mas ele esbarrou nele de leve. O cara prendeu ele porque era a segunda infração. Aí ele dormiu 24 horas na prisão. Foi só isso que aconteceu”, contou.
Era o fim da linha para a Andrea Moda. Menos de 10 dias depois, a equipe foi excluída da temporada 1992 pela FIA e teve vetada a entrada no Circuito de Monza para o GP da Itália. Posteriormente, Moreno correu de carros de turismo na França em 1993 e tentou uma vaga no grid das 500 Milhas de Indianápolis em 1994, antes de correr pela última vez na Fórmula 1: em 1995, foi titular da equipe Forti Corse ao lado de Pedro Paulo Diniz. De 1996 em diante, estabilizou-se no automobilismo norte-americano, com direito a um terceiro lugar na temporada 2000 da Cart.
Perry McCarthy, por sua vez, nunca mais voltou à Fórmula 1. Ainda disputou edições das 24 Horas de Le Mans, mas consolidou-se mesmo como comentarista na TV britânica.
Passados 30 anos daquela aventura da Andrea Moda, Roberto Moreno lembra com respeito da passagem pela equipe italiana. Para o carioca, o feito conquistado em Mônaco pode ser comparado à pole position de Kevin Magnussen com a Haas no GP de São Paulo de 2022.
“Eu lembro de entrar no box, todas as equipes estavam me aplaudindo de pé. Todos os mecânicos, todos os engenheiros que estavam no box saíram para me aplaudir em pé. Foi quando eu passei a pré-qualificação (...). Até me emocionei de ver o que aconteceu com ele (Magnussen). Eu sabia exatamente o que ele estava sentindo”, disse Moreno.
“Eu peguei um carro do qual ninguém esperava nada, junto com amigos e equipes que queriam que eu sobrevivesse no meio, e me ajudaram a fazer aquele milagre de classificar aquele carro em Mônaco. Eu tenho que estar muito feliz com isso.”
Andrea Moda nas telas
A história da Andrea Moda na Fórmula 1 vai virar um documentário. Produzido na Itália por Massimiliano Sbrolla, Cristiano Coini, Giordano Viozzi, “Last & Furious” (ou “Últimos & Furiosos”, um trocadilho com os filmes da série “Velozes & Furiosos”) ainda não tem data de lançamento, mas já tem um trailer lançado e conta com depoimentos exclusivos – inclusive do próprio Andrea Sassetti. Vale ficar de olho.
Emanuel Colombari
Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.