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Mais uma? Chicago também entra no radar da Fórmula 1 nos EUA

Emanuel Colombari

Exibição da Red Bull nas ruas de Chicago em novembro de 2023 (Imagem: Al Arena / Red Bull Content Pool)

Três cidades dos Estados Unidos recebem etapas da Fórmula 1: Austin (a partir de 2012), Miami (2022 em diante) e Las Vegas (que reestreou em 2023). Mas uma quarta prova norte-americana, acredite, entrou no radar. Desta vez, em Chicago.

De acordo com o jornal Chicago Sun-Times, em 19 de janeiro de 2024, a F1 pediu o registro de marcas como “Formula 1 Chicago Grand Prix” e “Grand Prix Chicago” no USPTO (sigla para o Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos Estados Unidos).

Em geral, os pedidos de marcas registradas são medidas protetivas, para evitar uso indevido por parte de terceiros que queiram associar competições aleatórias à Fórmula 1. Mas, de segundo o jornal, “poderia mostrar também que a franquia cogita uma corrida em Chicago”.

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Mas antes de entender o caso, é preciso explicar brevemente alguns detalhes da administração de Chicago. A cidade é dividida em territórios chamado wards, que são basicamente subprefeituras de regiões do município. Cada ward é chefiado por uma alderperson, um vereador local.

Segundo Brian Hopkins, alderperson do segundo ward, a Prefeitura de Chicago chegou a iniciar conversas com a Fórmula 1 sobre um acordo, mas as possibilidades não evoluíram.

“Soube que a F1 costuma exigir um acordo mínimo de dez anos. E isso não parece ser negociável. A conversa não foi muito além disso”, informou Hopkins ainda ao Chicago Sun-Tribune.

A F1 e o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, não comentaram.

(Imagem: @nascarchicago/Twitter)

O rumor vem no momento em que Chicago entrou para o calendário da Nascar Cup Series com uma prova de rua em julho de 2023. De quebra, em novembro do mesmo ano, a cidade recebeu uma exibição da Red Bull.

Os representantes locais, porém, não acreditam que a cidade conseguiria realizar a Nascar e a F1 com provas nas ruas. “Seria uma ou outra”, afirmou Brendan Reilly, alderperson no 42º ward.

“O que fizemos com a Nascar - soldando tampas de bueiros, suavizando buracos e chamando isso de pista - não funciona com a F1”, reconheceu Brian Hopkins. “É mais complicado, o preço é mais alto.”

A tendência é que não role um GP de Chicago de Fórmula 1 a curto prazo. Mas com o interesse norte-americano e a possibilidade de ampliar ainda mais o calendário da categoria, não estranhe se o estado de Illinois pintar na competição.

Emanuel Colombari

Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.

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