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De um jeito ou de outro, Hamilton atingirá marca inédita no GP da Inglaterra

Emanuel Colombari

Imagem: Mercedes AMG F1

O Grande Prêmio da Inglaterra de 2022 será palco de uma marca histórica na carreira de Lewis Hamilton na Fórmula 1. Só não se sabe qual.

Por um lado, a prova em Silverstone pode marcar um feito inédito na Fórmula 1. Caso Hamilton vença a corrida no dia 3 de julho, poderá se tornar o primeiro piloto da história com vitórias por 16 temporadas consecutivas.

Desde que estreou na F1, em 2007, Hamilton jamais fechou um ano sem uma vitória. Com presença no topo do pódio ao longo de 15 anos (2007 a 2021), empata com Michael Schumacher (1992 a 2006) como o piloto com mais temporadas seguidas com pelo menos uma vitória.

Vale destacar: nenhum piloto venceu tantas vezes o Grande Prêmio da Inglaterra quanto Hamilton. Foram oito até hoje (2008, 2014, 2015, 2016, 2017, 2019, 2020 e 2021), contra cinco de Jim Clark e Alain Prost ou quatro de Nigel Mansell.

Só que o desempenho da Mercedes não inspira tanto otimismo para o GP da Inglaterra. Com o novo regulamento adotado pela F1 em 2022, a equipe ainda não conseguiu andar no ritmo de suas principais rivais, a Red Bull e a Ferrari. O modelo W13 não apenas não conseguiu vencer, como até mesmo os pódios são mais escassos – foram cinco em nove corridas, contra sete pódios (e três vitórias) no mesmo recorte do W12 de 2021.

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Atualmente, Hamilton contabiliza uma série de 10 corridas consecutivas sem vencer, do GP de Abu Dhabi de 2021 ao GP do Canadá de 2022. É apenas a quarta vez na carreira que o heptacampeão chega a tal marca negativa - que nunca chegou a atingir 11 provas.

Nas outras vezes em que Hamilton completou 10 corridas seguidas sem vencer, subiu ao topo do pódio imediatamente na corrida seguinte.

A primeira vez foi entre o GP do Brasil de 2008 e o GP da Alemanha de 2009. Depois de dez provas seguidas sem nem mesmo subir ao pódio, Hamilton venceu o GP da Hungria, em uma das duas vitórias naquele ano – venceu também em Cingapura.

O roteiro é praticamente o mesmo que se viu na segunda “seca”. Depois da vitória no GP dos EUA de 2012, Hamilton passou mais 10 corridas sem vencer entre 2012 (Brasil) e 2013 (Austrália, Malásia, China, Bahrein, Espanha, Mônaco, Canadá, Inglaterra e Alemanha). O topo do pódio só viria no GP da Hungria, em sua única vitória em 2013. Foi a temporada com menos vitórias por parte do britânico: uma.

Justamente por isso o fim de 2013 deu início a mais um período de estiagem na carreira de Hamilton. Foram mais nove corridas sem vencer (Bélgica, Itália, Cingapura, Coreia do Sul, Japão, Índia, Abu Dhabi, Estados Unidos e Brasil), antes de uma décima no começo de 2014 (Austrália). Na sequência, vieram quatro vitórias seguidas (Malásia, Bahrein, China e Espanha), dando início à campanha de seu segundo título mundial.

Com o amplo domínio da Mercedes a partir de 2014, Hamilton quase nunca encarou longos períodos sem vitória. Entre 2015 e 2016, chegou a oito (as três últimas de 2015 e as cinco primeiras de 2016), o que custou caro a ele – o título de 2016 ficou com Nico Rosberg, que venceu as quatro primeiras corridas de 2016.

Assim, não há meio termo para Hamilton no GP da Inglaterra. Se vencer em casa, faz (ainda mais) história na Fórmula 1. Se não vencer, chega a uma inédita marca negativa na carreira.

Emanuel Colombari

Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.

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