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5 vezes em que o Brasil esteve perto, mas perdeu vagas em equipes da F1

Emanuel Colombari

Imagem: @alfaromeoorlen/Twitter

O torcedor brasileiro bem que se empolgou com a possibilidade, mas a esperada vaga para Pietro Fittipaldi no cockpit da Haas acabou não rolando - e não foi por falta de "pedidos" nas redes sociais da equipe norte-americana.

Kevin Magnussen foi o escolhido para assumir a vaga do russo Nikita Mazepin, desligado do time diante das pressões resultantes do conflito entre Rússia e Ucrânia. Com Mazepin, foi embora também o patrocínio da Uralkali, empresa de fertilizantes que pertence ao pai do piloto, Dmitry.

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Embora a situação de Pietro tenha se complicado durante o desenrolar da história, quando a "prioridade" da equipe passou a enfrentar a concorrência de "vários candidatos", não houve como evitar a frustração de boa parte da torcida.

Pior: a frustração nem foi inédita. Nos últimos anos, o Brasil viu alguns pilotos perderem vagas na Fórmula 1 em cima da hora. Algumas delas em equipes de fim de grid, é verdade, mas outras em carros competitivos que deram início às carreiras de campeões mundiais.

Confira cinco casos:

Williams, 2000

Com a saída de Alessandro Zanardi no fim de 1999, a Williams tinha uma vaga aberta para 2000. Bruno Junqueira, piloto de testes, pintava como favorito, mas a equipe decidiu dar uma chance ao britânico Jenson Button, que havia apresentado bons resultados em testes com McLaren e Prost. Após algumas avaliações entre os dois, a Williams pensou, pensou, e deu a vaga ao britânico.

Imagem: Williams

Minardi, 2000

Nós já contamos essa aqui, mas vale relembrar. Também em 2000, Max Wilson esteve bem perto de uma vaga na Minardi. Depois de trabalhar como piloto de testes da Williams no fim da década de 1990, o brasileiro negociou para correr com a equipe italiana, com quem também já havia testado. Estava acertado, até que o jogo virou: com patrocinador forte (e resultados nem tão fortes), o argentino Gastón Mazzacane chegou em cima da hora e levou o assento.

Gastón Mazzacane na Minardi em 2000 (Imagem: Minardi)

Sauber, 2001

Em 1999 e 2000, Enrique Bernoldi correu pela equipe Red Bull Junior na Fórmula 3000 e participou de testes com a Sauber. Candidato a uma vaga na equipe suíça em 2001, acabou surpreendido pela chegada de um novato ao time: o finlandês Kimi Raikkonen, que tinha poucas corridas no currículo e precisou se virar para garantir sua superlicença. No fim, a Sauber conseguiu um carro competitivo para a temporada (foi a quarta colocada entre os construtores), enquanto Bernoldi acabou indo parar na já decadente Arrows.

Imagem: Alfa Romeo Orlen

Marussia, 2013

Entre 2010 e 2012, Luiz Razia beirou a Fórmula 1, testando por equipes como Virgin, Lotus (posteriormente Caterham), Force India e Toro Rosso, além de ter sido vice-campeão da GP2 (atual Fórmula 2) em 2012. Em 2013, chegou a ser anunciado pela Marussia como titular e a participar de testes de pré-temporada. No entanto, não recebeu o dinheiro de um patrocinador e acabou dispensado pelo time. Jules Bianchi acabou ficando com o assento.

Imagem: Manor Racing

Haas, 2022

A invasão da Rússia à Ucrânia gerou uma reviravolta no fim do grid da Fórmula 1. A Haas decidiu encerrar o contrato com a Uralkali, fabricante russa de fertilizantes, e não teve motivos para manter a vaga de Nikita Mazepin, filho do dono da empresa. Pietro Fittipaldi, piloto de testes do time, surgiu como o plano A para qualquer eventualidade, mas a imprensa europeia logo começou a listar inúmeros candidatos ao posto: Antonio Giovinazzi, Oscar Piastri, Nico Hulkenberg, Jehan Daruvala... No fim, Kevin Magnussen entrou na briga e voltou ao time no qual havia pilotado entre 2017 e 2020.

Imagem: @KevinMagnussen/Twitter

Emanuel Colombari

Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.

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