PF mira governador do Acre contra corrupção e bloqueia R$ 120 mi de investigados

Segundo a PF, cúpula do governo do Acre estaria num esquema criminoso de corrupção e lavagem de dinheiro

Gabbriela Veras

Governador Gladson Cameli é alvo da PF
Divulgação/Secom

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (9), uma operação contra a suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro relacionada à cúpula do governo do Acre. O governador Gladson Cameli (Progressistas) está entre os alvos.

Para ressarcir os cofres públicos, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a indisponibilidade de aproximadamente R$ 120 milhões, o que inclui bloqueio de contas e sequestro de aeronaves, casas e apartamentos de luxo adquiridos com o dinheiro do crime.

Na mesma decisão, 15 empresas investigadas tiveram as atividades econômicas suspensas por determinação da Justiça. Além da PF, participam da ação a Procuradoria-Geral da República (PGR), Controladoria Geral da União (CGU) e Receita Federal (RFB).

300 policiais

A PF informou que mais de 300 policiais cumprem, desde as primeiras horas desta manhã, 89 mandados de busca e apreensão nos estados do Acre, Piauí, Goiás, Paraná, Amazonas e Rondônia, além do Distrito Federal. A operação se chama “Ptolomeu III”.

A investigação tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e constitui desdobramento das fases I e II, deflagradas no ano de 2021, quando foi identificada organização criminosa, controlada por agentes políticos e empresários ligados ao Poder Executivo estadual acreano.

A polícia acredita que os envolvidos atuavam no desvio de recursos públicos, bem como na ocultação da origem e destino dos valores subtraídos, o que, na prática, é tido como lavagem de dinheiro.

Medidas cautelares

O STJ decretou ainda inúmeras medidas cautelares diversas da prisão, dentre as quais: a suspensão do exercício da função pública, a proibição de acesso a órgãos públicos, o impedimento de contato entre os investigados e a proibição de se ausentar do país, com a entrega de passaportes no prazo de 24 horas.

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