A embarcação que transportava o indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, mortos no Amazonas, é procurada nesta quinta-feira (16) pela PF (Polícia Federal).
O local foi apontado por Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", um dos suspeitos no caso. Ele também indicou à polícia a área onde os corpos foram ocultados.
O barco foi afundado pelos criminosos em uma área de mata apontada pelo suspeito. Segundo ele, Bruno e Dom foram mortos após registrarem imagens de pesca ilegal na região.
Os corpos foram encontrados a 3,1 km mata adentro a partir do local do crime.
O trajeto foi feito pelo rio Itaquaí a partir do principal centro urbano da região, a pequena cidade de Atalaia do Norte (AM), com cerca de 25 mil moradores, nos arredores da Terra Indígena Vale do Javari, um santuário ecológico de 8,5 milhões de hectares.
Galeria de Fotos
Mapas mostram trajeto feito por criminosos após morte de Bruno e Dom 1/4
Crime
O pescador Amarildo da Costa Pereira, conhecido como "Pelado”, um dos suspeitos pelo desaparecimento, confessou a participação no desaparecimento e indicou o local onde os corpos foram enterrados.
Diante da confissão, PF foi até o local do crime, onde foi realizada a reconstituição da cena do crime. Durante as escavações, as equipe encontraram “remanescentes humanos” em uma área de mata fechada.
De acordo com a coordenação da Univaja (União das Organizações Indígenas do Vale do Javari), Bruno Pereira e Dom Phillips chegaram na sexta-feira (3) no Lago do Jaburu, nas proximidades do rio Ituí, para que o jornalista visitasse o local e fizesse entrevistas com indígenas.
Segundo a Unijava, no domingo (5), os dois deveriam retornar para a cidade de Atalaia do Norte, após parada na comunidade São Rafael, para que o indigenista fizesse uma reunião com uma pessoa da comunidade apelidado de Churrasco. No mesmo dia, uma equipe de busca da Unijava saiu de Atalaia do Norte em busca de Bruno e Dom, mas não os encontrou e eles foram dados como desaparecidos.