Um brasileiro voltou ao topo do UFC no último dia 11 de novembro. No numerado 295, Alex Poatan venceu o tcheco Jiri Prochazka com um nocaute impressionante e se tornou o novo campeão da categoria meio-pesado (até 93 kg).

Com a vitória, Poatan voltou a vencer um cinturão do Ultimate. O lutador já foi campeão do peso-médio e subiu para os meio-pesados após perder a cinta em uma revanche contra o nigeriano Israel Adesanya, em abril.

Nascido em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, Alex Poatan Pereira teve uma infância pobre e começou a trabalhar aos 12 anos. Ele foi servente de pedreiro, engraxate e borracheiro antes de virar lutador.

Em 2009, tentando fugir do caminho das bebidas alcoólicas, o brasileiro começou a lutar kickboxing e viu que tinha talento para a arte marcial. Ele foi evoluindo na carreira e decidiu aventurar-se no MMA.

Uma das marcas do campeão do UFC é o apelido. Ele foi dado por Belocqua Wera, primeiro treinador do paulista no kickboxing. Além de batizar o aluno, o mestre foi o responsável por descobrir a ancestralidade indígena de Poatan.

“Ele [Belocqua] sempre gostou da cultura indígena, se não me engano os pais dele eram indígenas. Ele sempre quis carregar isso [na carreira], mas já era treinador, para ele ficaria mais difícil mostrar, resgatar essa cultura. Como eu estava começando, ele perguntou", explicou Poatan, em entrevista ao ‘UOL’.

“Quando falei para ele [Belocqua], ele ficou super alegre e disse: 'Sua força, sua aparência, tudo indicava que tinha algo ligado à cultura indígena. Até o momento eu nunca tinha tido acesso a nada neste sentido. Fomos trabalhando em cima disso e ele deu esse apelido: Poatan. Seria mão forte, eu explico assim para todo mundo. São dois nomes: Po atan”, contou o lutador.

No UFC desde novembro de 2021, Alex Poatan, de 36 anos, teve uma ascensão mega rápida. Ele só disputou 11 lutas profissionais de MMA, mas já teve dois cinturões do Ultimate. Em nove triunfos, sete foram por nocaute.