O 13º lugar no E-Prix de São Paulo do último final de semana esteve bem distante das intenções de Lucas di Grassi para a prova – a primeira da história da Fórmula E no Brasil.
O piloto da Mahindra largou da última colocação após sofrer um acidente durante a classificação. Ao longo da prova, pouco conseguiu fazer diante da concorrência.
“Tentei cortar a zebra ao máximo, e por uns 2 cm acabei pegando a parede e entortei a suspensão. Mas, ainda assim, acho que mesmo se largássemos no top 10, hoje não acho que seria possível chegar no top 8. O carro não andava”, lamentou. “Foi uma pena ter acontecido aqui no Brasil, uma corrida que eu queria muito disputar – e terminar bem”, completou.
Sem pontuar no Circuito do Anhembi, Di Grassi permaneceu com 18 pontos na temporada 2022/2023, ocupando atualmente a 12ª colocação na classificação. Assim, para ele, o ideal é começar a pensar já na temporada 2023/2024.
“O fato é que estamos ainda muito longe da competitividade. Mesmo que largasse bem mais à frente, o carro não teria ritmo para terminar bem. Falta muito desenvolvimento. E nossa missão agora é correr atrás de soluções para esse problema, com mais foco em 2024 do que agora”, afirmou.
Para o paulista, a Mahindra precisa evoluir no consumo de energia para ser mais competitiva no futuro.
“Nós usamos muita energia, e nesse aspecto o carro não foi eficiente o bastante (no E-Prix de São Paulo. Aí perdemos algumas posições e finalizamos em 13º. A ideia era ficar bastante tempo na pista, para depois pegar o Modo Ataque e segurar a nossa posição até o fim. Era o máximo que podíamos ter feito”, analisou.
“Ficou evidente que, em pistas que demandam bastante energia, como a do Anhembi, teremos muita dificuldade. Nossas maiores chances são em pistas que não suguem tanta energia, como Londres”, projetou.
A Fórmula E agora volta às pistas na Alemanha, em uma rodada dupla no E-Prix de Berlim, nos dias 22 e 23 de abril. A temporada termina em Londres, com mais uma rodada dupla nos dias 29 e 30 de julho.