A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) assinou um compromisso da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) para combater o racismo no esporte. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (27) pela própria federação.
A campanha da Unesco, batizada de Fit for Life, foi lançada em dezembro de 2024, durante fórum da organização em Barcelona (Espanha). A ideia é unir entidades de diversas modalidades para lutar contra o racismo e a discriminação no esporte – no caso da FIA, através de uma campanha batizada como UAOA (sigla para United Against Online Abuse, ou “Unidos Contra o Assédio Online”).
“Temos a honra de sermos parceiros da Unesco e unirmos forças na rede Fit for Life. Esta colaboração marca um momento fundamental em nosso compromisso de incentivar a inclusão, o respeito e a igualdade no esporte e na sociedade. Como membro fundador desta rede, temos o orgulho de contribuir com a UAOA no combate ao assédio online, uma questão crítica que tem causado graves consequências em pessoas e comunidades”, destacou Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA.
“Ao combinarmos nosso conhecimento e nossos recursos, acreditamos que a rede Fit for Life contra o racismo tem o poder de conduzir uma mudança real e significativa. Esta iniciativa vai além dos limites do esporte, criando um ambiente no qual o racismo, a discriminação e o preconceito não são mais tolerados. Juntos, podemos despertar a atenção, promover a educação e implementar ações concretas para derrubar comportamentos e estereótipos danosos”, completou o dirigente.
Segundo a FIA, a parceria proposta pela Unesco se alinha à missão da UAOA, reforçando o compromisso coletivo de combater preconceitos no esporte. A federação se comprometeu a oferecer estratégias e dados para combater o racismo. Em 2025 o Barômetro de Assédio Online da UAOA revelou um aprofundamento da crise no automobilismo, com registrando um aumento de 50% dos números de ataques racistas e/ou misóginos a atletas em comparação da 2023.
“Estamos ansiosos para trabalharmos em conjunto com a UAOA nos próximos meses, e sua experiência em conduzir o assédio online terá um papel crítico enquanto desenvolvemos estratégias eficientes de combate ao racismo dentro do esporte mundial”, afirmou Philipp Müller-Wirth, diretor da divisão de esportes da Unesco.
