Se sozinhas já somos ótimas, imagine juntas

Muito se fala sobre a solidão feminina, sobretudo sobre a solidão das mulheres-mães. Hoje, eu te convido a refletir sobre a solidão da mulher-líder.

Thais Cassano

Juntas somos potências
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Muito se fala sobre a solidão feminina, sobretudo sobre a solidão das mulheres-mães. Hoje, eu te convido a refletir sobre a solidão da mulher-líder. A mulher que, inserida num ambiente organizacional predominantemente masculino (e machista!), insiste em crescer profissionalmente. Persiste. Como você se sente, mulher, na sua atual posição de liderança? Como você se sente ao se dar conta de que, à medida em que você for ocupando níveis cada vez mais estratégicos, você estará, também, cada vez mais sozinha? Como você se sente ao se perceber sem referência, sem suporte? 

O sentimento de solidão paralisa. Ele nos impede de seguirmos adiante, firmes – como merecemos. Por falta de apoio, deixamos de ousar, temos medo de crescer, de fazer algo diferente e criativo. Ao nos sentirmos sozinhas, terminamos ficando onde já estamos. Diante de tantos desafios naturalmente encontrados num contexto corporativo, nós, mulheres, lidamos com mais esse: a (falsa!) sensação de não pertencimento. Por que nos sentimos acuadas, numa sala de reunião, quando líderes homens falam alto - ou nos interrompem? Por que achamos que sequer podemos comentar, no ambiente de trabalho, sobre uma cólica ou dor de cabeça? Por que buscamos roupas formais, que em muito se assemelham aos ternos masculinos?

Porque estamos sozinhas, sem modelos.

Se você é uma mulher em cargo de coordenação, você já vivenciou a sensação de solidão. Ela, a solidão, nos encontra bem cedo, assim que assumimos nosso primeiro nível de liderança. O grupo ao qual você pertencia, já não se comunica mais com você - não como antes. Você também já não pode comunicar tudo. Ao se tornar gerente, menos mulheres estarão ao seu lado. E se você cresce ainda mais e ocupa uma posição de diretoria, certamente você será a única mulher por ali, rodeada de outros tantos homens-diretores. O resultado disso, já sabemos: uma rotina eterna de estado de alerta se impõe para nós, mulheres líderes (e solitárias).

E não precisa ser assim. É urgente encontrar seu grupo de pertencimento.

A verdade é que, muitas vezes, não temos energia para olhar para fora. Expandir o olhar: essa é a minha sugestão. Você pode (e deve!) buscar conexões com outras mulheres-líderes. Onde elas estão? Quando se reúnem? Porque sim, nós existimos. E somos muitas. Tudo que você precisa é encontrar esses grupos, estabelecer relacionamentos, criar vínculos – e, então, sentir-se à vontade para trocar experiências, compartilhar desafios e celebrar as vitórias. E crescer cada vez mais - e menos sozinha.

Para não esquecer: sozinhas, somos excelentes. Juntas, somos potências.

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