Menina de 8 anos morre após inalar desodorante em desafio; especialista explica como prevenir

Psicóloga Raquel Fernandes Shimizu conversou com Danilo Gobatto, no Manhã Bandeirantes

Da Redação

Uma criança morreu, em Ceilândia, no Distrito Federal, após inalar gás de desodorante aerosol em um suposto desafio do TikTok. O Hospital Regional de Ceilândia constatou a morte cerebral da menina, no domingo (13).

Segundo informações da Polícia Civil, Sarah Raíssa Pereira, de oito anos, foi deixada aos cuidados do avô materno, que percebeu a menina caída, ao lado do sofá, sem sinais vitais. O desodorante estava com a criança, no sofá, encharcado pelo produto.

O celular da menina também foi apreendido para confirmar o desafio divulgado na rede social TikTok, que consiste em incentivar crianças e adolescentes a gravar imagens para colecionar visualizações. A Polícia Civil do Distrito Federal vai oficiar a rede social TikTok sobre a morte da criança Sarah Raíssa Pereira.

A psicóloga Raquel Fernandes Shimizu conversou com Danilo Gobatto, no Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes e falou sobre as possíveis prevenções e medidas que os pais podem tomar para ter o controle do que as crianças consomem na internet.

Raquel explica que as crianças costumam ser atraídas por esse tipo de desafio por que elas gostam de descobrir coisas. “Entre os oito e dez anos eles entram numa fase em que a descoberta do mundo é mais interessante — e é nessa fase em quem eles mais são influenciados”, diz. 

Para a especialista, os pais precisam agir em duas direções com os filhos: na proteção e na educação. “A criança muito pequena é impulsiva e ainda não tem discernimento do que é certo ou errado. Então os pais precisam tirar da linha de frente aquilo que pode causar algum mal ao seu filho. Quando a gente fala de redes sociais e de tecnologia, é importante que o acesso da criança seja supervisionado. A criança não pode passar horas a fio nas redes sociais, o cérebro fica viciado — é preciso outros estímulos. Além disso, é importante o controle e a fiscalização para entender o que a criança consome”, explica. 

Proibir a criança de usar as redes sociais, não é o melhor caminho. Para a psicóloga, é necessário manter o diálogo e o tempo de qualidade com o filho. “É importante ensinar as crianças a argumentar. Porque o senso critico vai sendo desenvolvido é uma maneira da criança se proteger. E também vale ensinar que se for escondido não vai fazer bem”, completa. 

“Tem perigos novos surgindo na nossa sociedade a todo momento, e a gente precisa aprender a lidar com isso”, conclui Raquel.

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