Senador do Amazonas diz que Pazuello mente à CPI

Eduardo Braga se exaltou com as respostas do ex-ministro em alguns momentos

Da redação com BandNews TV

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) se exaltou algumas vezes com as respostas de Pazuello à CPI da Pandemia. "Presidente, é preciso dizer ao povo brasileiro, sob pena de nós estarmos aqui sendo coniventes com uma informação errada, desculpe a expressão, mentirosa. Não faltou oxigênio apenas três dias no Amazonas", afirmou ele.

Pazuello dizia que o Ministério da Saúde atendeu rapidamente à falta de oxigênio em Manaus e que o estoque da White Martins, empresa fornecedora, foi reestabelecido em três dias.

De acordo com Braga, a falta do insumo hospitalar durou 20 dias e que no período a média de mortes no estado foi de 200 pessoas por dia.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), que tem tido um tom apaziguador também rebateu afirmações de Pazuello sobre a cloroquina. "Dia 4 de janeiro, ela (Mayra Pinheiro), numa coletiva ao lado do governador, ela fala no tratamento precoce, não é bem assim. Eles usaram Manaus para fazer de cobaia. Isso é crime contra um estado, é um crime contra as pessoas da minha cidade. Dia 4 de janeiro tem vídeo da Mayra ao lado do governador e ela fala em tratamento precoce", disse ele.

Pazuello também negou que uma carta da White Martins de 8 de janeiro falasse em possível falta de oxigênio. A informação contradiz uma coletiva oficial do Ministério da Saúde de 18 de janeiro. Ex-ministro fala sobre o tema a partir do minuto 2:30.

Em outra parte do depoimento, Braga desmente fala de Pazuello sobre recomendações dos órgãos de controle contra a assinatura de contrato da Pfizer. O senador chegou a ler um documento da Controladoria Geral da União.

Pazuello chegou a dizer em outros momentos que nunca recomendou a cloroquina e que Bolsonaro jamais disse para não comprar vacinas do Butantan, fatos que foram noticiados na época.  

Na live de Bolsonaro de 14 de janeiro de 2021, dia mais grave da crise de oxigênio em Manaus, Pazuello aparece do lado do presidente defendendo o tratamento precoce a partir do minuto 16: 40. Posteriormente, Bolsonaro cita nominalmente diversos remédios sem eficácia contra a Covid-19.

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