O secretário estadual de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que os riscos de saúde pública com a transmissão da varíola dos macacos após a confirmação do primeiro caso no país é menor por causa das características da doença. A prefeitura de São Paulo confirmou, nesta quinta-feira (9), que um homem de 41 anos que viajou recentemente à Espanha e Portugal foi diagnosticado com a varíola.
Em entrevista à Rádio BandNews FM na tarde desta quinta-feira (09), Gorinchteyn afirmou que para se contaminar é preciso que haja um contato muito próximo com quem está infectado.
“Essa doença tem a possibilidade de ter transmissão de pessoa para pessoa”, afirmou o secretário. “A transmissão se dá direto pela pele de uma pessoa contaminada assim como a liberação de gotículas de saliva. Por isso as pessoas que têm contato muito próximo tem mais chances de serem contaminadas. O risco de saúde pública é muito menor. "
O médico destacou que os primeiros sintomas são dores no corpo, nas juntas, febre e dor de cabeça. “No terceiro ou quarto dia ocorre surgimento de lesões nas mãos, pés, rosto e pelo corpo.”
Naquele período que existe febre ocorre transmissão, mas só com pessoas que estejam muito próximas a ele. De imediato, as pessoas são rastreadas: quem teve contato com ele para que possar ser monitoradas. “Autoridades devem fazer identificação rápida e promover o isolamento do paciente.”
O paciente diagnosticado segue em isolamento no Hospital Emílio Ribas, na zona oeste da capital, desde a noite desta quarta-feira (8), quando apresentou os primeiros sintomas da doença. Todos os contatos do paciente estão sendo monitorados pelas equipes de vigilância de saúde de São Paulo.