Quem foi Tim Keller, pastor em paliativo que 'estava pronto para ver Jesus'

Criador de igreja evangélica famosa de Nova York, Timothy Keller tratava câncer no pâncreas desde 2020

Da redação

Tim Keller, pastor, teólogo, escritor e criador da Igreja Presbiteriana Redentora
Reprodução/Redes sociais

Criador da Igreja Presbiteriana Redentora, o pastor Timothy Keller morreu na manhã desta sexta-feira (19), aos 72 anos, em Nova York, nos Estados Unidos. Ele tratava um câncer no pâncreas desde 2020.

A morte ocorreu no dia seguinte ao teólogo ter recebido alta do hospital para receber cuidados paliativos em casa. Filho do pastor, Michael Keller usou as redes sociais para apontar que o pai estava pronto para partir.

Sou grato pelo tempo que Deus me deu, mas estou pronto para ver Jesus. Mal posso esperar para ver Jesus. Me mande para casa, Michael relatou que o pai disse durante oração na terça-feira (16).

O filho acrescentou que os familiares sabiam que ele tinha pouco tempo de vida. "A família está muito triste, porque todos queríamos mais tempo". 

Tim Keller morreu em casa, ao lado da esposa, Kathy Kristy, com quem era casado há 48 anos. Ele deixa três filhos, uma irmã e sete netos.

Carreira de Tim Keller

Nascido na Pensilvânia em 23 de setembro de 1950, Timothy J. Keller foi o fundador da Igreja Presbiteriana Redentora, criada em 1989 na cidade de Nova York.

Além da congregação onde ministrou cultos por quase três décadas, Keller cofundou a Redentora Cidade a Cidade, uma rede que treina pastores ao redor do mundo.  

O pastor Tim Keller, criador da Igreja Redentora

Em 2007, a Redentora, que reunia mais de 5 mil fiéis semanalmente, gerou mais de 12 congregações irmãs na região metropolitana de Nova York.

No ano seguinte, Keller lançou o best-seller "A Fé na Era do Ceticismo", o mais famoso das mais de duas dezenas de livros que escreveu e juntos venderam mais de 20 milhões de cópias.  

Na obra, o pastor conta como colegas receberam a notícia de que fundaria uma igreja baseada na liturgia cristã tradicional.

Ficaram incrédulos quando expliquei que as crenças da nova igreja seriam os dogmas ortodoxos e históricos do cristianismo - a infalibilidade da Bíblia, a divindade de Cristo, a necessidade de regeneração espiritual - todas doutrinas consideradas irremediavelmente datadas pela maioria dos nova-iorquinos, conta.

Para além da base conservadora, Keller também trazia referências da cultura pop em seus sermões, como Woody Allen, Star Wars e as obras de J.R.R. Tolkien, escritor de “O Senhor dos Anéis”.

Com o estilo, atraía jovens profissionais da cidade mais populosa dos Estados Unidos, como advogados, trabalhadores da área de tecnologia, profissionais do mercado financeiro e aspirantes a atores.

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