O baixista e um dos fundadores do The Smiths, Andy Rourke, morreu aos 59 anos, em decorrência de um câncer de pâncreas. O anúncio foi feito pelo guitarrista da banda e amigo de Rourke, Johnny Marr, através de publicação feita nesta quinta-feira (19) no Twitter.  

Andy será lembrado como uma alma gentil e bonita por aqueles que o conheceram e como um músico extremamente talentoso pelos fãs de música, escreveu Marr.  

No post, o guitarrista do Smiths, uma das bandas de rock mais influentes do século XX, também pediu que respeito à privacidade da família e dos membros da banda. 

O vocalista e ex-líder do grupo, Morrissey, também usou seu site oficial para prestar homenagem ao amigo. Leia abaixo o texto na íntegra.

Andy nunca morrerá enquanto sua música for ouvida. Ele nunca conheceu seu próprio poder, e nada do que ele tocou foi tocado por outra pessoa, publicou. 

Carreira de Andy Rourke

Andy Rourke nasceu em Manchester, na Inglaterra, em 17 de janeiro de 1964, filho de pai inglês e mãe irlandesa. Desde cedo se interessou por música e testou vários instrumentos, do saxofone ao teclado. Começou a aprender violão aos sete anos de idade

Em 1982, se juntou a Morrissey e a Marr no The Smiths, após o primeiro show da banda, e permaneceu no grupo praticamente durante a existência completa, até 1987. Após o fim, tocou também em singles de Morrissey.

O baixista participou de todos os quatro álbuns de estúdio da banda: 

• The Smiths de 1984
• Meat Is Murder de 1985
• The Queen Is Dead de 1986 
• Strangeways, Here We Come de 1987.

Ao longo de sua carreira , Rourke também gravou com os Pretenders, Sinead O'Connor e Killing Joke. Fez parte do supergrupo Freebass, com outros dois baixistas: Gary "Mani" Mounfield, do Stone Roses, e Peter Hook, do New Order.

Além do estilo não convencional de tocar, Morrissey apontou que o músico era bem-humorado e imprimia identidade própria na sua arte. 

"Ele também era muito, muito engraçado e muito feliz, e pós-Smiths, ele manteve uma identidade estável - nunca quaisquer movimentos fabricados", disse o vocalista.

Homenagem de Morrissey a Andy Rourke

"Às vezes, uma das coisas mais radicais que você pode fazer é falar com clareza. Quando alguém morre, surgem as lisonjas de sempre... como se a morte estivesse ali para ser usada.  

Não estou preparado para fazer isso com Andy. Só espero … onde quer que Andy tenha ido … que ele está bem. Ele nunca morrerá enquanto sua música for ouvida. Ele nunca conheceu seu próprio poder, e nada do que ele tocou foi tocado por outra pessoa. Sua distinção era tão fantástica e não convencional e ele provou que poderia ser feito.  

Ele também era muito, muito engraçado e muito feliz, e pós-Smiths, ele manteve uma identidade estável - nunca quaisquer movimentos fabricados. Suponho que, no final de tudo, esperamos sentir que fomos valorizados. Andy não precisa se preocupar com isso."