Preso há 15 dias, Cid se silencia por 40 minutos na PF sobre cartões de vacina

Ex-auxiliar de Bolsonaro, Mauro Cid é alvo de investigação contra esquema que fraudou cartões de vacinação de Bolsonaro, da filha mais nova e de assessores

Da redação

Mauro Cid chega à PF para depor sobre cartões de vacina
Reprodução

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preso desde 3 de maio, ficou em silêncio por cerca de 40 minutos na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, no que seria o depoimento dele no caso da falsificação de cartões de vacina. 

As informações foram confirmadas à Band por fontes da PF. A corporação investiga a adulteração de dados no sistema do Ministério da Saúde.

A investigação aponta que Bolsonaro, a filha mais nova e assessores tiveram os dados fraudados sobre a vacinação contra covid-19. Mediante a isso, os envolvidos teriam se beneficiados para entrarem nos Estados Unidos, quando o ex-presidente saiu do Brasil às vésperas da posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro alvo da operação

Bolsonaro também foi alvo da operação, inclusive com buscas e apreensões na casa dele. O ex-presidente nega que teve conhecimento das fraudes e disse que sempre deixou claro que não se vacinaria contra a covid-19.

Bolsonaro também foi alvo da operação, inclusive com buscas e apreensões na casa dele. O ex-presidente nega que teve conhecimento das fraudes e disse que sempre deixou claro que não se vacinaria contra a covid-19.

Suspeita de lavagem de dinheiro

A investigação da PF mostra que Cid, homem de confiança de Bolsonaro, estria envolvido no esquema. Com base na quebra do sigilo telefônico de Cid, os agentes encontraram outro crime suspeito, o de lavagem de dinheiro.

O relatório da PF cita que há uma movimentação de mais de R$ 400 mil nas contas do militar, também responsável pelo pagamento das contas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. As transferências eram feitas sempre em valores fracionados, o que dificultava a identificação das quantias.

Defesa de Michelle

A defesa da ex-primeira-dama cita que ela teve as despesas pagas com recursos próprios. Ex-secretário de Comunicação no governo Bolsonaro, o advogado Fábio Wajngarten disse que os pagamentos em dinheiro vivo eram feitos proteger os dados do ex-presidente.

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