O possível novo comandante do Exército, Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, reforçou às tropas o respeito ao resultado da urna, em alusão às eleições de 2022 que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (21). Ele deve substituit o general Júlio Cesar de Arruda, demitido pelo presidente neste sábado (21).
“No que pese turbilhão, terremotos, tsunamis, nós vamos continuar ímpetos, coesos, respeitosos e garantindo a nossa democracia. Porque democracia pressupõe liberdade, garantias individuais, políticas públicas e, também, é o regime do povo, alternância do poder. É o voto. E, quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna”, disse Ribeiro Paiva em evento que homenageou os mortos no terremoto no Haiti, em 2010.
A fala do cotado como comandante do Exército foi em defesa das instituições democráticas, além de ser um reforço para os militares respeitarem quem estar no poder, independente de posições políticas. Ribeiro Paiva ainda a atual situação do Brasil a um “terremoto político”.
“Nos últimos dias, a gente está vivendo uma espécie de terremoto no Brasil, que é um terremoto de outra origem, um terremoto político que não causou nenhuma vítima fatal, mas causa feridas, causa mortes”, ponderou.
Fontes ligadas ao Palácio do Planalto confirmaram à Band a demissão de Arruda. Na última sexta-feira (20), o general participou da reunião entre Lula, os comandantes das Forças Armadas e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.