Em visita a Roraima, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como desumana a situação dos povos indígenas Yanomami. Denúncias chegaram ao governo federal sobre a situação precária da etnia. O Ministério da Saúde estima a morte de pelo menos 100 crianças em 2022, principalmente por desnutrição, pneumonia e diarreia.
Os especialistas acreditam que crise sanitária vivida pelos indígenas tem a ver com o impacto do garimpo ilegal na região. Lula, em fala a jornalistas, também anunciou medidas para os nativos, como transporte e atendimento médico.
“É desumano o que eu vi aqui”, disse o presidente. “Sinceramente, o presidente que deixou a presidência nesses dias, se, ao invés de fazer tanta motociata, tivesse vergonha e viesse aqui uma vez, quem sabe, esse povo tivesse não abandonado como está”, continuou.
Lula também reforçou o compromisso de campanha de acabar com o garimpo ilegal, sobretudo em terras indígenas.
“Nós vamos levar muito a sério essa história de acabar com qualquer garimpo ilegal. Mesmo que seja uma terra autorização da agência para fazer pesquisa, eles podem fazer pesquisa sem destruir a água, a floresta e sem colocar em risco a vida das pessoas que dependem da água para sobreviver”, disparou Lula.