O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) solicitou a exclusão de 270 contas do Twitter que veiculavam hashtags relacionadas a ataques contra escolas de todo o Brasil. A informação foi divulgada pela pasta neste domingo (9).
A pasta informou, por meio de nota, que tanto conteúdos como autores estão sob investigação. Foram cumpridos também mandados de busca, resultando na apreensão de sete armas. Um suspeito foi preso.
Além disso, solicitou para a plataforma Tik Tok retirar do ar duas contas que estavam viralizando conteúdo que incitava medo nas famílias. O trabalho foi realizado pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Diopi/Senasp/MJSP).
Entre os pedidos, os participantes da Operação Escola Segura identificaram mais de 80 perfis que tiveram seus links removidos/excluídos, tendo em vista a violação de política da plataforma. O conteúdo desses links foi preservado a pedido do Ministério da Justiça para que seja possível avançar nas investigações.
Operação Escola Segura
Ações preventivas e repressivas contra ataques nas escolas em todo o país foram realizadas, como a busca por perfis nas redes sociais com postagens relacionadas a crimes contra a vida e discursos de ódio.
Delegacias de crimes cibernéticos das principais regiões, alinhadas como o Ciberlab do Ministério e com a Coordenação-Geral de Inteligência, também do MJSP, monitoram ameaças na internet relacionadas a possíveis ataques em escolas.
Também foi disponibilizado um canal no site do Ministério da Justiça (mi.gov.br/escolasegura), onde denúncias poderão ser feitas. Os dados estão sendo analisados pela equipe do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), que se dedicará nos próximos dias, exclusivamente e em regime de plantão 24 horas.
O Ciberlab atua em diversas frentes para combater os crimes virtuais. Para isso, o laboratório conta com uma equipe especializada em tecnologia da informação, que utiliza técnicas avançadas de investigação para rastrear a origem de crimes virtuais e identificar os responsáveis. A partir dos crescentes casos de violência em centros de ensino do Brasil, o Ciberlab também tem atuado em ações preventivas de ataque às escolas e creches brasileiras, produzindo relatórios que são encaminhados às polícias estaduais de todo o país.