O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, esteve presente na posse do novo diretor-geral da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (10) e falou que as instituições vão punir os responsáveis por atos antidemocráticos que aconteceram em Brasília no último domingo (8).
“Tenho absoluta certeza que com o apoio dentro da legalidade, dentro do Constituição da Polícia Federal, as instituições irão punir todos os responsáveis, todos aqueles que praticaram, planejaram, financiaram e aqueles que incentivaram os atos por ação ou omissão porque a democracia irá prevalecer”, finalizou o ministro do Supremo Tribunal Federal.
Moraes disse que a operação da PF, para identificar e prender terroristas que participaram dos atos antidemocráticos, foi a maior já realizada no âmbito de polícia judiciária. “A operação é para garantir a democracia, para mostrar que não há apaziguamento nas instituições brasileiras”.
O termo apaziguamento que Moraes disse durante o discurso nesta terça-feira também foi citado que resultou no afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e na desmobilização dos acampamentos nos Quartéis Generais de todo o país. A palavra é utilizada para se referir às tentativas de fazer negociações com a Alemanha nazista.
"Se o apaziguamento tivesse dado certo nós não teríamos tido a Segunda Guerra Mundial. A teoria ou a ideia de apaziguamento é por covardia ou por interesses próprios. Nós temos que combater firmemente o terrorismo, as pessoas antidemocráticas, pessoas que querem dar o golpe, regime de excessão”, declarou o ministro Alexandre de Moraes.
“Não é possível conversar com essas pessoas de forma civilizada, elas não são civilizadas, basta ver o que fizeram no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e com muito mais raiva e ódio no Supremo Tribunal Federal”, acrescentou.
Ele diz que as instituições não são feitas só de mármores, de mesas e cadeiras; são feitas de pessoas, de coragem, de cumprimento da lei. “Não achem esses terroristas que, até domingo faziam badernas e crimes, e agora reclamam porque estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias. Não achem que as instituições irão fraquejar”.