O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque diz que a privatização da Petrobras não é prioridade no plano de desestatização do governo. "Não podemos passar um serviço que é prestado por uma empresa estatal para uma empresa privada. Nós precisamos abrir o mercado", afirmou ele em entrevista à BandNews TV.
Albuquerque diz que a petroleira tem importância na geração de riqueza do Brasil e que "ao longo do tempo a sociedade vai decidir se quer ou não privatizar".
O ministro também defende a indicação do general Luna e Silva para a presidência da estatal. Para ele, Luna e Silva demonstrou grande capacidade na gestão de Itaipu.
Política de preços
Albuquerque explica que a Petrobras não deve mudar a política de preços, mas que o governo trabalha para diminuir a oscilação. O ministro não disse, no entanto, qual medida poderia ser tomada.
A variação constante nas bombas tem gerado desgaste com caminhoneiros. A classe ameaçou uma greve nos moldes da que ocorreu na gestão Temer, mas desistiu na última hora. Bolsonaro se irritou com o tema, que influenciou na troca de comando da Petrobras. O presidente zerou o PIS/COFINS do diesel por dois meses e do gás de cozinha de forma definitiva com o intuito de derrubar os preços.
Eletrobras e Amapá
O ministro exaltou a capitalização da Eletrobras. Ele diz que a estatal é uma das empresas de energia renovável mais importantes da América Latina, mas que estava ficando para trás.
A capitalização vai ajudar a gerar “130 mil empregos e vai fornecer melhores serviços e tarifas para o consumidor de energia”, afirmou.
Albuquerque ainda minimizou a falta de energia ocorrida no Amapá no começo do ano: “É algo que acontece no mundo inteiro, aconteceu no Texas, nos EUA, que é um país rico”. Ele afirmou que melhorias e o fato da interligação do sistema brasileiro deve diminuir as chances de que isso volte a acontecer.