A contratação de shows milionários em cidades que sofrem com problemas de orçamento virou alvo de investigações pelo país.
Na mira estão apresentações de artistas consagrados como Gustavo Lima, que receberia R$ 1,2 milhão por um show na cidade mineira de Conceição, que possui 17 mil habitantes. Bruno e Marrone também tinham data marcada no município e receberiam R$ 520, mas os shows foram cancelados após a péssima repercussão dos gastos.
O Ministério público apura se os cachês seriam pagos com verba destinada a saúde, educação e infraestrutura da cidade.
Outros dois shows de Gustavo Lima são alvo de investigações: em Magé, no Rio de Janeiro, e em Roraima.
Gustavo Lima diz que "não pactua com ilegalidades" e que não é seu papel "fiscalizar as contas públicas".
Na região metropolitana Rio de Janeiro , o município de Itaboraí gastou quase R$ 1 milhão na contratação de diversos artistas que se apresentaram durante três dias para comemorar o aniversário da cidade, que enfrenta diversos problemas.
A prefeitura de Itaboraí respondeu que investe em saúde, educação e cultura, mas não comentou o valor destinado ao show. No mês passado, o STJ mandou suspender um show de R$ 500 mil do cantor Wesley Safadão em Vitória do Mearim, no Maranhão, por ser incompatível com o orçamento do município.