Cemitério de navios se espalha pelo Rio de Janeiro e aumenta risco de acidentes

A Baía de Guanabara virou um cemitério de navios

Por Mariana Procópio

Baía de Guanabara. Aos pés do Pão de Açúcar, com vista para o Cristo redentor, um barco que já foi famoso por ações de conscientização ambiental apodrece 

O Tocorimé foi construído no ano 2000 no estado do Pará, às margens do rio Tapajos. Ele chegou a rodar o Brasil como navio escola, mas há pelo menos cinco anos está fundeado, exposto à ação do tempo, cada vez mais deteriorado 

O dono diz que tenta captar recursos para tirar o barco de lá. Ele é mais um exemplo de um problema que se estende há décadas: A Baía de Guanabara virou um cemitério de navios.

A situação é mais crítica no canal de Niterói. Um mapeamento apontou que existem cerca de 60 embarcações por lá. A maioria foi abandonada por proprietários endividados e é alvo de ações na Justiça.

O governo do Rio de Janeiro montou uma força tarefa para fazer o desmonte desses navios. Só que, como quase todos têm processos envolvendo dívidas milionárias, esse descomissionamento está emperrado aguardando decisões judiciais.

A Força-Tarefa agora está focando os trabalhos no navio São Luís, que em novembro bateu na ponte Rio-Niterói.

A ideia é que, se ele for liberado para o desmonte, isso abra espaço para que os tribunais deem prioridade aos casos dos outros navios abandonados na Baía.

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