A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu nesta sexta-feira (27) manter a bandeira vermelha 2 em setembro, a mais cara das tarifas extras. A jornalista Juliana Rosa informou no Jornal da Band que o preço por 100 kwh vai aumentar de R$ 9,49 - cobrado hoje - para entre R$ 14 e R$ 15 em setembro.
Em comparação com os meses anteriores, o aumento é significativo. Em janeiro, o valor era de R$ 1,34, já em abril, subiu para R$ 4,16 e em junho já chegou a R$ 6,24. No mês seguinte, a alta foi de 52%.
Seca no país
As chuvas abaixo do esperado em agosto e a piora na seca dos reservatórios podem afetar o abastecimento de energia no país a partir de outubro. Para atender à demanda, será preciso aumentar a oferta de energia em 5,5 gigawatt a partir de setembro, o que corresponde a 7,5% da carga diária do pais.
No Sudeste, por exemplo, a bacia Rio Grande, em Minas Gerais é responsável por um quarto da energia da região e todos os reservatórios operam com menos de 22% da capacidade.
O principal, Furnas, também em Minas, está abaixo de 18%, e o de Marimbondo, no interior de São Paulo, inferior a 14%.
No centro-oeste é o sistema Paranaíba, e Mato Grosso do Sul é que preocupa./ Três reservatórios estão com os níveis em torno de 12%.
Medidas do governo
Para evitar apagão, o Ministério de Minas e Energia deve fechar contratos com novas termelétricas, além de aumentar a importação de energia do Uruguai e Argentina.
Entre as medidas já adotadas, está a ampliação na transmissão de energia do Norte e Nordeste para o sudeste e centro-oeste.
Para as repartições públicas federais, Jair Bolsonaro anunciou meta de reduzir o consumo entre 10 e 20%. O governo também anunciou que a partir de setembro vai dar desconto na conta de luz a consumidores que economizarem, mas ainda não apresentou detalhes.