Acusado de agredir a ex, Antony é inscrito pelo Manchester United na Champions

Clube inglês ainda não se manifestou sobre investigações contra atacante; Gabriela Cavallin registrou queixa na Inglaterra

Por Felipe KielingSandro Barboza

As denúncias de agressão do atacante Antony contra a ex-namorada  também estão sendo investigadas na Inglaterra. Ainda assim e mesmo diante da repercussão do caso, Manchester United, ainda não se manifestou e inscreveu o brasileiro entre os elegíveis para defender o clube na Liga dos Campeões.

Gabriela Cavallin registrou um boletim de ocorrência na Inglaterra na última sexta-feira (29). Na denúncia, a DJ falou sobre duas agressões em Manchester, na Inglaterra: na primeira, no dia 15 de janeiro, ela contou que foi agredida por Antony num quarto de hotel. Na segunda, no dia 8 de maio, ela disse que foi trancada em uma quadra de futebol na casa do jogador e que cortou o dedo depois de ter sido agredida com uma taça de vinho. A polícia de Manchester disse que está investigando o caso.

O Manchester United ainda não comentou o caso e inscreveu o atacante no principal torneio de clubes da Europa. Existe pressão por parte da torcida para que o clube se posicione. Recentemente um outro jogador foi suspenso e, depois emprestado, após acusações de estupro e violência sexual.

Mason Greenwood chegou a ser preso depois que a ex-namorada levou o caso para as autoridades, mas em fevereiro deste ano, a Justiça britânica arquivou o caso. Mesmo assim, o United decidiu que era melhor o jogador deixar o clube – ele agora defende agora o Getafe, da Espanha.

Investigações no Brasil

No inquérito em andamento na Delegacia da Mulher em São Paulo, a polícia já identificou um padrão nas atitudes de Antony: após as supostas agressões contra a DJ Gabi Cavallini, ele mandava mensagens de arrependimento. Muitas com visualizações únicas, que eram apagadas após serem vistas ou ouvidas. Segundo a vítima, era uma forma encontrada pelo atleta de apagar possíveis provas contra ele. Mas nem todas foram apagadas.

No processo, ela afirma que Antony chegou a usar a estrutura do Manchester United para encobrir a violência. Ele teria acionado um funcionário do clube identificado como Daniele Bertoli, uma espécie de faz tudo dos jogadores, para encontrar uma médica que atendesse Gabi. No episódio em que sofreu uma fratura exposta no dedo, a DJ não conseguiu atendimento na Inglaterra. Segundo ela, Antony tinha receio de que a agressão viesse à tona.

A polícia brasileira pretende compartilhar provas e detalhes da investigação com a polícia inglesa, que também apura as supostas agressões contra a ex-namorada.

A CBF, por meio da comissão de ética da entidade, prometeu analisar o caso. A avaliação pode resultar desde uma advertência e multa até mesmo o banimento do futebol.

Provas como as conversas que ela mantinha com mãe e com amigas, que sabiam das agressões, também foram anexadas ao processo. Orientada a fazer um boletim de ocorrência contra o atacante, a ex-namorada preferiu preservar o jogador, até não suportar mais a suposta violência.

Antony admitiu ter uma “relação conturbada” com a ex-namorada, mas negou as agressões. O jogador está proibido pela Justiça de se aproximar da ex-namorada.

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