Jogadora de basquete dos EUA é libertada em troca de prisioneiro na Rússia

Brittney Griner foi presa em fevereiro, em Moscou, por posse de óleos canabinóides e outros produtos relacionados à maconha

Da Redação, com agências

Brittney Griner, que foi detida no aeroporto Sheremetyevo de Moscou. 8/2022
REUTERS/Evgenia Novozhenina/Pool/File Photo

A jogadora de basquete norte-americana Brittney Griner, que cumpria pena de prisão na Rússia por tráfico de drogas, foi libertada nesta quinta-feira (8) em uma troca de prisioneiros com Moscou que envolveu o traficante de armas russo Viktor Bout.

A atleta, duas vezes campeã olímpica (Rio 2016 e Tóquio 2020) e uma das principais atletas da NBA, liga norte-americana de basquete, foi condenada no início de agosto a uma pena de prisão de nove anos, depois de ter sido detida em fevereiro em um aeroporto em Moscou. A polícia encontrou com ela óleos canabinóides, vaporizadores e outros produtos relacionados à maconha em sua bagagem, segundo as autoridades locais.

Depois de ter perdido o apelo para reverter a sentença, Griner foi transferida para uma colónia penal na região da Mordóvia em novembro.

Griner, de 32 anos, já se encontra sob custódia das autoridades norte-americanas e a sua família foi informada da libertação, segundo a agência Reuters. 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse, numa publicação no Twitter, que já falou com a jogadora. “Há pouco falei com Brittney Griner. Ela está a salvo, num avião, a caminho de casa”, escreveu Biden na sua conta oficial.

?Em coletiva de imprensa na Casa Branca, o presidente norte-americano confirmou depois que Griner está “segura” e de volta ao seu país depois de ter passado por “circunstâncias intoleráveis” na prisão russa onde cumpria a pena.

“É um dia que esperávamos há muito tempo, depois de árduas negociações, e quero agradecer à Administração pelo seu trabalho incansável”, afirmou Joe Biden.

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Traficante de armas

Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, a troca de prisioneiros aconteeu no aeroporto de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

Viktor Bout, que foi entregue às autoridades russas, é um antigo oficial do exército soviético que cumpria pena de prisão de 25 anos nos Estados Unidos depois de ter sido condenado em 2012 por conspiração para matar cidadãos norte-americanos, por adquirir e exportar mísseis antiaéreos e fornecer a apoio material a uma organização terrorista.

Apelidado de “Comerciante da Morte”, Bout sempre afirmou a sua inocência e Moscovo considerou a sentença de 25 anos de prisão como “infundada e tendenciosa”.

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