Fãs de vários estados chegam a Santos para dar adeus a Pelé: 'Perda gigantesca'

Famílias de Curitiba, Três Corações e até da Bolívia visitaram o estádio Urbano Caldeira para se despedirem do Rei do futebol

Por Luiza Lemos

Casal fã de Pelé viaja de madrugada para homenagear Rei: 'Representar a família'
Reprodução/Band/Luiza Lemos

Ao saberem da notícia da morte de Pelé, muitas famílias mudaram os planos do Réveillon e partiram para o Estádio Urbano Caldeira para prestar uma última homenagem para Pelé. O Rei do Futebol morreu aos 82 anos na quinta-feira (29). Durante toda a manhã, muitos passearam pelas ruas da Vila Belmiro para homenagearem o ex-jogador. 

É o exemplo de Giovanna Belle e Mário Santos, que não pensaram duas vezes antes de mudar os planos da viagem de Réveillon. A advogada de Três Corações, cidade onde o Rei do futebol nasceu, e o delegado de São Paulo, torcedor do Santos, vão para Porto Seguro nesta sexta-feira (30), mas aproveitaram para passar no Estádio Urbano Caldeira para prestar uma última homenagem ao Rei, que morreu na tarde de quinta-feira (30), vítima de uma falência múltipla de órgãos. 

Mário e Giovanna não dormiram e desceram a serra de Santos durante a madrugada, acompanhados de Beethoven, o fiel cachorro que usa a camisa 10 de Pelé. “Sabendo do óbito, desci para fazer a homenagem e ficar em paz comigo mesmo. Também gostaria de representar meus amigos santistas nesse momento”, explica Mário. Já Giovanna, pensou em fazer a visita para representar a família tricordiana. 

“Quero representá-los, da terra do Rei. Todos estão sentindo, lamentando muito. A perda é gigantesca e não poderia deixar de vir para cá. Pelé é imortal”, lamenta. Ela, que torce para o Cruzeiro, não traz a rivalidade do futebol para o estádio. “Pelé é Pelé. Ele elevou minha cidade, o país, é um ícone mundial”, celebra. 

A advogada sente orgulho de dizer que é da mesma cidade do Rei. "Crescer em Três Corações é crescer na cidade do Rei. Onde você anda é reconhecido, seja pela placa do carro, seja ao dizer que é de lá. Em viagens internacionais, todo mundo reconhece que é do Pelé, a cidade está sentida porque a gente era muito ligado, tudo é o Rei, todo mundo é muito fã", afirma. 

Os dois pensam em retornar o mais rápido possível de Porto Seguro. Mário comenta que não tem passagem de volta, então pode mudar os planos da viagem para acompanhar o velório. “A gente vai para passar o Réveillon, mas não sabemos se voltamos no dia primeiro, ou no dia dois. Pode ser que a gente desça para dar um último adeus”, conta. 

‘Em Bolívia é um ídolo para todos’

A família de Ronald Salas veio da Bolívia para as festas de fim de ano, mas com a morte de Pelé, decidiram visitar o estádio do Santos e a loja em que se vendem produtos do clube. Para Ronald, que torce para o Santos devido à participação colombiana no time, Pelé é um ídolo para todos. 

“Na Bolívia e em todo lugar ele é um ídolo. Para todas as pessoas que gostam de futebol, ele sempre será o Rei do Futebol”, explica. Para Marita Sansute, esposa de Ronald, a visita traz uma emoção especial por causa da morte de Pelé. “Gosto dele porque meu esposo e filho são fanáticos por futebol. Mas a verdade é que vir aqui é se emocionar. É ver o movimento das pessoas, o fanatismo, o amor das pessoas”, afirma. 

Alejandro, filho de 12 anos do casal, diz que Pelé é um ídolo para ele. Apesar de não ter assistido às partidas do Rei, ele diz que ele foi “um grande jogador e muito bom”. Tanto, que o pai afirma que Pelé “é um exemplo para toda a juventude, um exemplo de vida e um exemplo no esporte". 

‘Rei é Rei’

Visitando Santos para as festas do Réveillon, a família curitibana de Daiane Santos, Flávio Pereira e o pequeno Pedro deixou a rivalidade de lado e foi ao estádio prestar uma última homenagem para Pelé. O casal formado por corinthianos e o filho atleticano pensa que o Rei é muito mais do que uma rivalidade. 

“Ele é mais importante que o futebol na realidade. Ele representa o Brasil”, explica Daiane. Ela conta que logo após saber a notícia, eles decidiram fazer uma visita ao estádio, mesmo que fechado para visitação, que está preparando o velório do Rei. “O Pedro quis conhecer e prestigiar, o sonho dele era ver a Vila Belmiro”, diz. 

O pequeno diz que a visita, apesar do clima de luto, foi “legal e emocionante". Flávio sente que o clima é “triste”. Para ele, perder o Rei do futebol é complicado. Com as férias do casal terminando, a família não poderá dar um último adeus ao ex-jogador. 

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