O general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, atual comandante militar do Sudeste, deve ser o novo comandante do Exército. O currículo dele, substituto do general Júlio Cesar Arruda, demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste sábado (21), destaca a participação na missão de paz brasileira no Haiti.
Ribeiro Paiva também foi comandante da força de pacificação da Operação Arcanjo VI, em 2012, nos complexos do Alemão e da Penha. Em 2019, ascendeu ao posto de general, a mais alta patente da carreira militar. Há dois anos, lidera as tropas do Comando Militar do Sudeste.
O general iniciou a carreira militar em 1975, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, sediada em Campinas, interior de São Paulo. Ribeiro Paiva também chefiou o Gabinete do Comandante do Exército, em Brasília, e comandou a 5ª Divisão de Exército, em Curitiba.
O militar já comandou o Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília, e foi ajudante de ordens do presidente da República no governo de Fernando Henrique Cardoso. Além disso, foi assessor militar do Brasil junto ao Exército no Equador. Inclusive, o próprio país vizinho o nomeou professor honoris causa da Academia de Guerra do Exército.
Paiva defende respeito à urna
Em declarações recentes, o general disse que os atos dos últimos dias são um “terremoto político” no Brasil. Em discurso às tropas do Comando Militar do Leste, defendeu o respeito ao resultado da urna, cuja eleição deu vitória a Lula.
“No que pese turbilhão, terremotos, tsunamis, nós vamos continuar ímpetos, coesos, respeitosos e garantindo a nossa democracia. Porque democracia pressupõe liberdade, garantias individuais, políticas públicas e, também, é o regime do povo, alternância do poder. É o voto. E, quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna”, disse Ribeiro Paiva em evento que homenageou os mortos no terremoto no Haiti, em 2010.
Demissão de Arruda
Neste sábado (21), Lula demitiu o general Júlio Cesar Arruda um dia depois se reunir com os comandantes das Forças Armadas. Fontes ligadas ao Planalto confirmaram a informação à Band. O anúncio oficial aconteceu após a volta do presidente de Roraima, onde visitou indígenas ianomâmis.