A lei espanhola que enquadrou o jogador Daniel Alves por agressão sexual foi aprovada em 2022. Uma das regras destaca que, caso a vítima esteja passiva, por qualquer motivo, como intimidação ou ingestão de bebida alcoólica, há a consideração de que ela não tinha condição de consentir.
A lei considera que crimes sexuais devem ser tipificados baseados no consentimento da vítima, mas não em outros elementos. Dessa forma, todos os crimes de natureza sexual, com ou sem violência, passaram a ser “agressões sexuais”.
Preso preventivamente, Daniel Alves negou as acusações. Segundo a decisão da Justiça espanhola, proferida na última sexta-feira (20), o jogador não tem direito à fiança. Desde que a acusação veio a público, ele se colocou à disposição das autoridades.
O contrato com o time mexicano Pumas foi rescindindo. Ele também já atuou em diversos times europeus, como o Barcelona e o Paris Saint-Germain.
A denúncia foi feita por uma mulher de 23 anos. Ela diz que informou os funcionários da boate onde teria acontecido a violência sexual ao relatar que o jogador pôs a mão dentro da roupa íntima dela.
O estabelecimento chamou a polícia, mas, quando os agentes chegaram, Daniel Alves já havia saído do local. A denúncia formal à polícia da Espanha foi realizada em 2 de janeiro e acolhida pela Justiça no dia 10. Segundo o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, o processo está em fase de investigação.
Em nota, a defesa do jogador de futebol informou que Daniel que desmente a história e que não foi preso logo que chegou à Espanha, mas que, na verdade, ele foi à delegacia para prestar esclarecimentos de forma espontânea.