Os atos criminosos que tumultuaram o dia 8 de janeiro vão continuar tumultuando Brasília com a perspectiva do novo depoimento, por enquanto adiado, do ex-ministro Anderson Torres à Polícia Federal.
A PF ouvirá na quarta-feira (26) o ex-presidente Jair Bolsonaro. No mesmo dia, o general Gonçalves Dias, ex-GSI, irá à Comissão de Segurança na Câmara e no Senado, o presidente Rodrigo Pacheco fará a leitura do pedido de criação da CPMI - que, por sua vez, deve produzir novos e agitados lances.
Agenda complicada e complicando. Uma intensa pauta de tumultos agora - incluindo a continuação do julgamento dos vândalos no STF e depois, com os previsíveis confrontos, hostilidades e agitações da CPMI a caminho, em um momento em que o governo, o Congresso e o país deveriam ter as condições para se concentrar em temas essenciais, como o arcabouço fiscal e a reforma tributária, que está chegando. Isso além do PL das fake news, que deve ser votado e é importante.
Mas no ambiente pesado na política é óbvio que tudo isso só pode piorar, se as investigações dos atos criminosos de janeiro - dentro e fora da CPMI - não deixarem tudo claro, nome por nome, lance por lance quem são os verdadeiros responsáveis, quem financiou aquele desatino, que o país não vai esquecer.