Fernando Mitre

Mitre: desgaste à vista para o governo no Congresso

Fernando Mitre analisa a saída do general Gonçalves Dias do GSI

Fernando Mitre

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

Pelas imagens divulgadas nesta quarta-feira (19) do dia dos atos criminosos em Brasília tornou-se insustentável a situação do general Gonçalves Dias e o caminho só podia ser o seu pedido de exoneração, aconselhado ou forçado pelo Planalto. 

No horizonte, muita investigação e muitas perguntas a serem respondidas E agora a inversão do movimento para a criação da CPMI sobre o vandalismo do 8 de janeiro - como a oposição já vinha defendendo. 

O governo tentava evitar isso para fugir do desgaste, mas agora tem que enfrentar e ir para cima, atacando os atos daquele domingo. 

Mudou a rota. O PT já veio com tudo, batendo no golpismo das ações criminosas. Vamos ver. 

Mas isso é menos problemático para o Planalto, que terá aí argumento de sobra, do que evitar ou neutralizar os conhecidos efeitos colaterais de uma CPMI, que promete muito barulho e muito desgaste. Mais graves numa fase em que o governo precisa de ambiente favorável - agora duvidoso - para aprovar matérias essenciais e muito difíceis como a reforma tributária. 

Dias de tumulto pela frente no Congresso vindo essa CPMI em má hora para o governo, que não precisa de mais dificuldades por lá.

Tópicos relacionados