Criminosos em SP sequestravam vítimas atraídas por perfil falso de mulher em apps

Três suspeitos foram presos acusados de golpe. Um empresário chegou a perder R$ 20 mil após transferências com Pix

Marcelo Moreira, do Brasil Urgente

Uma operação da Polícia Civil prendeu três suspeitos por sequestros-relâmpago na zona oeste de São Paulo e Osasco. Segundo a investigação, a quadrilha usava aplicativos de relacionamento para atrair as vítimas, e usavam fotos de mulheres bonitas em perfis falsos para atrair vítimas.

O perfil falso visava atrair homens solteiros ou divorciados, normalmente de alto padrão de vida. Após marcar um encontro com a vítima, a quadrilha abordava e cercava a vítima para o golpe. 

Os criminosos usavam principalmente uma rua sem saída e com rotas de fuga no bairro Rio Pequeno. Muitas vítimas eram mantidas dentro do próprio carro, usado como cativeiro, enquanto o bando fazia compras e transferências.

Outras vítimas chegaram a ser atacadas já na saída de suas casas. Os criminosos atuavam principalmente na região do Butantã, Rio Pequeno, Jaguaré e Parque dos Príncipes.

O Brasil Urgente acompanhou a operação, que saiu para cumprir três mandados de prisão e 10 de busca e apreensão. 

Uma das vítimas foi um empresário, que relatou ter perdido cerca de R$ 20 mil com o golpe. Ele disse que foi amarrado e ameaçado todo o tempo.

“Meia-noite eles fizeram quatro Pix para uma pessoa só. Então, assim, como um banco não tem esse bloqueio. Depois, fizeram mais dois Pix para outra pessoa”, disse o empresário, que ainda contou que a ideia dos criminosos era levá-lo para um cativeiro para seguir fazendo operações bancárias e até mesmo um possível pedido de resgate. Porém, ele conseguiu escapar.

A polícia chegou até os criminosos porque um deles fez compras de celulares de última geração e mandou entregar no próprio endereço. Outro detido teria emprestado a conta para receptar os valores roubados. Ele não soube explicar aos policiais a origem dos R$ 10 mil encontrados em seu nome.

A investigação tenta identificar a mulher na foto usada no perfil falso e se ela tem algum tipo de envolvimento com os crimes.

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