RJ teme nova onda de contágio por avanço da variante Delta no estado

Nesta quinta-feira (19), a ocupação de leitos de UTI Covid do estado chegou a 70%

Fernando David, do Jornal da Band e Julia Kallembach, da BandNews FM Rio

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio afirmou que está preocupada com uma possível nova onda de contágio da Covid-19, diante do avanço da variante Delta, considerada mais transmissível. 

A afirmação consta em um documento enviado à Defensoria Publica, que questionou quais medidas o Governo está adotando diante da disseminação da cepa identificada pela primeira vez na Índia. 

Em todo o estado fluminense, casos da nova variante já foram detectados em 76% dos 92 municípios. Em seis cidades, não tem mais vagas em leitos de UTI. E, na capital, a taxa de ocupação bateu 95%.

O Rio de Janeiro já é considerado o epicentro da variante no Brasil. Ela já corresponde a 60% dos novos casos de covid no estado.

Em resposta, a pasta reconhece a necessidade do aumento da capacidade de leitos para tratamento de pacientes com covid-19. A secretaria disse já fez um chamamento público para a abertura de 150 leitos, sendo 100 de UTI e 50 de enfermaria. Além da abertura de 20 leitos no Hospital Modular de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Foi definida ainda a abertura de mais 20 leitos no Hospital Estadual Dr. Ricardo Cruz, em Botafogo, na zona zul, e a manutenção dos leitos Covid do Hospital Regional Zilda Arns, no sul do estado. O governo ainda prevê destinar 18 leitos de UTI do Hospital Universitário Pedro Ernesto para o tratamento da doença, como explica o secretário de Saúde, Alexandre Chieppe.

O infectologista Marco Lago acredita que a terceira onda vai ser menos letal por conta da vacinação, mas faz um alerta para a intensificação do uso de máscara de proteção.

Embora pareça menos letal, a delta é até duas vezes mais contagiosa. Alguns países tiveram que impor novas medidas contra Covid-19 depois que a variante ganhou força.

Em São Paulo, as restrições chegaram ao fim esta semana. Mas uma projeção de pesquisadores da USP e da Unifesp aponta que os casos da variante devem explodir na capital paulista em setembro. O estudo, que analisa a curva da pandemia em diferentes cidades, conclui que a nova cepa ganha força 80 dias depois do primeiro caso. O Rio já passou desse marco. Já São Paulo vai chegar em 20 dias.

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