
A Polícia Civil de São Paulo indiciou o soldado Luan Felipe Alves Pereira, que jogou um homem do alto de uma ponte na região da Vila Clara, bairro da Zona Sul de São Paulo, por tentativa de homicídio. O caso aconteceu no início de dezembro do ano passado.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), policiais da 2ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) realizaram a oitiva do policial que permanece detido no Presídio Militar Romão Gomes.
Com o indiciamento, o inquérito, que está em fase de conclusão, deve ser encaminhado ao Poder Judiciário nos próximos dias. Outros 12 policiais estão afastados das atividades operacionais.
Ainda em dezembro de 2024, a Corregedoria da Polícia Militar indiciou o soldado Luan Felipe Alves Pereira por tentativa de homicídio e outros seis agentes que participaram da ocorrência foram indiciados individualmente.
“O Inquérito Policial Militar (IPM) já foi concluído e encaminhado à Justiça Militar, enquanto um procedimento disciplinar permanece em tramitação”, informou a SSP.
Em depoimento, o jovem afirmou à polícia que o soldado disse a ele: “Ou você se joga ou então eu jogo você e sua moto”.
Relembre o caso
A imagem mostra o momento em que um grupo de policiais militares conduziram um homem até a beirada da ponte, nas imediações do córrego. Ele estava com as mãos para trás, rendido, quando um dos agentes levanta o homem e o arremessa no córrego.
Outro vídeo mostra um corpo boiando no córrego, com roupas parecidas com as do homem que foi arremessado. O corpo não era da vítima. Os agentes que participaram da abordagem foram identificados e afastados pela Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo.
Em nota na época, a Secretaria de Segurança Pública declarou que a Polícia Militar repudia “veementemente” a conduta ilegal adotada pelos agentes. “Assim que tomou conhecimento das imagens, a PM instaurou um inquérito policial militar (IPM) para apurar os fatos e responsabilizar os policiais envolvidos nessa ação inaceitável”.
O chefe da comunicação da Polícia Militar de São Paulo, coronel Emerson Massera, declarou que todos os policiais envolvidos vão responder da mesma forma: tanto os que jogaram o homem da ponte, quanto os que estavam com esses agentes.