O movimento “Autistas Alvinegros” foi criado em abril deste ano por pessoas ou pais de autistas, desde então, as bandeiras do grupo sempre estão representadas nas bandeiras do estádio do Corinthians. O objetivo é dar visibilidade à comunidade autista e que possam ser incluídos na sociedade.
“Eu fui apresentada ao autismo pelo meu filho. Estamos sempre trabalhando ou fazendo terapias, é muita coisa para poder preparar o autista para o mundo. Então, seria muito interessante que o mundo também se preparasse para receber o autismo”, diz a estudante Nayra Cavalcante.
Os “Autistas Alvinegros” ganharam ainda mais visibilidade quando o goleiro Cássio, um dos maiores ídolos da história do Corinthians, revelou que a filha Maria Luiza, de quatro anos, foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“Minha filha foi diagnosticada com autismo e desde então eu comecei a pesquisar, a ler mais sobre o assunto”, comentou o goleiro após o jogo contra o Internacional, válido pelo campeonato brasileiro. Ele ainda diz que o Corinthians tem um espaço especial no estádio para receber pessoas autistas.
Quando uma figura pública, como o Cássio, aborda a pauta do autismo, ajuda outras famílias que receberam o diagnóstico, comenta a neuropsicóloga Joana Portolese.
A profissional de logística Juliana Prado foi diagnosticada com autismo aos 28 anos e diz que encontrou no grupo uma forma de ir ao estádio. “É bem emocionante, é poder ser eu mesma sem me reprimir e saber que a pessoa que está do meu lado me entende e me aceita do jeito que eu sou”.