Anvisa nega pedido para importação e uso da vacina Sputnik V

Em sessão de 5 horas, agência alegou falta de dados de fabriação e apontou risco de saúde

Da Redação, com BandNews TV

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou, na noite desta segunda-feira (26), o pedido de importação e uso excepcional da vacina russa contra a Covid-19, a Sputnik V, em decisão unânime dos cinco diretores após cinco horas de reunião. As informações são da BandNews TV.

As gerências técnicas de medicação, fiscalização e monitoramento deram pareceres contra a importação das doses do imunizante, produzido pelo Instituto Gamaleya. Segundo a Anvisa, o relatório técnico sobre padrões de qualidade da vacina não foi enviado ou localizado junto a autoridades de outros países onde o uso está permitido. 

Os técnicos da agência ainda afirmaram que a Sputnik V pode ser prejudicial, pois utiliza um tipo de vírus que pode se multiplicar, causando reações e riscos à saúde.

Com a rejeição, cerca de 75 milhões de doses não podem entrar no Brasil, sendo 37 milhões de governadores do Norte e Nordeste, 28 milhões dos governantes do Centro-Oeste e outras 10 milhões do governo federal. 

Até o momento, 14 estados e duas prefeituras pediram a importação da vacina. O pedido de uso emergencial foi protocolado pela farmacêutica União Química, que vai produzir o imunizante no Brasil, em 25 de março. 

A Sputnik V tem eficácia geral de 91,6%, de acordo com estudo de fase 3 publicada na revista especializada “The Lancet”.  Segundo o Instituto Gamaleya, que detém a tecnologia da vacina, a eficácia seria de 97,6%, segundo novos dados divulgados mas ainda não chancelados por publicações especializadas.

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