O ministro da Saúde Marcelo Queiroga admitiu dificuldades para abastecer os estados com vacinas suficientes para a segunda dose. E apontou variantes do vírus como motivo para o aumento das mortes.
A situação piorou no início desse ano em relação a todo o ano passado. De 1º de janeiro até 25 de abril, morreram 195.848 pessoas. Número superior a todo ano de 2020, que terminou com pouco de mais de 194 mil mortes. Em audiência no Senado nesta segunda-feira (26), Queiroga atribuiu o aumento dos óbitos às novas variantes do coronavírus.
“Parece ser mais contagiosa, parece também está associada a uma maior letalidade. E qual é a consequência disso? É que o número de óbitos no ano de 2021 supera o número de óbitos que ocorreu no ano de 2020 inteiro", disse.
O ministro também reconheceu que faltam vacinas da CoronaVac para a segunda dose. Sem o imunizante, cidades de Pernambuco suspenderam a aplicação. Já há registro de falta de vacina também em alguns postos de São Paulo. Em Natal, no Rio Grande do Norte, grandes filas se formaram e houve tumulto.
“Cerca de um mês atrás, se liberou as segundas doses para que se aplicassem. E agora, em face de retardo de insumo vindo da China para o Butantan, há uma dificuldade com essa segunda dose", explicou.
Queiroga afirmou que um documento para orientar Estados e municípios sobre a aplicação da segunda dose está sendo feito. E alertou prefeitos e governadores: não adianta recorrer à Justiça.
Nesta quinta, devem chegar um milhão de doses da vacina da Pfizer. A logística de distribuição exige condições especiais de armazenamento e ainda não foi definida. Capitais vão ter prioridade.
A previsão para maio é de um total 32,5 milhões de doses, somando as vacinas da Pfizer, Oxford/AstraZeneca e CoronaVac.