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Seleções que ficaram marcadas na história, mas não foram campeãs da Copa do Mundo 1/6
Sempre que pensamos em Copa do Mundo, lembramos de seleções que brilharam. Assim como a Seleção Brasileira encantou na Copa do Mundo de 1970, com seu futebol brilhante e jogadores icônicos como Pelé, Jairzinho e Rivellino, outras seleções também entraram para a história da competição. Mas teve time que encantou a todos, mas não levou a Copa.
Esse é o caso da Hungria de Puskás, da Holanda de Johan Cruyff, do Brasil de Zico e outras seleções que, apesar de terem seus jogadores e campanha na história, não levaram o caneco - ou sequer chegaram à final.
Relembre agora quais foram essas seleções que marcaram o futebol:
Brasil - Copa do Mundo de 1950
Em 1950, após a competição ser interrompida durante 12 anos por causa da Guerra Mundial, a Seleção Brasileira sediou a Copa do Mundo pela primeira vez. Com um elenco de peso jogando em casa, o time contou com uma base de jogadores do Vasco, do São Paulo e de outros clubes que estavam em grande fase e tinham chances de vencer o mundial pela primeira vez na história.
Construído para receber a Copa, o Maracanã foi o palco da final que decepcionou o povo brasileiro. Favorito para conquistar o Mundial, a equipe acumulou boas performances e goleadas, incluindo 7 a 1 na Suécia e um 6 a 1 contra a Espanha, sob o coro da torcida cantando a marchinha “Touradas em Madri”. Porém, o time que parecia ser imbatível foi derrotado por 2 a 1 contra o Uruguai e não fez parte da galeria dos campeões, apesar de muito protagonismo e brilho.
Base do Time: Barbosa; Augusto e Juvenal (Mauro Ramos); Bauer (Ely), Danilo Alvim (Ruy) e Bigode (Noronha); Friaça (Maneca), Zizinho (Baltazar), Ademir de Menezes (Nininho); Jair Rosa (Orlando Pingo de Ouro) e Chico (Simão). Técnico Flávio Costa
Hungria - Copa do Mundo de 1954
Comandada por Puskás, a seleção da Hungria encantou o mundo na Copa de 1950. Revolucionando e dominando o futebol, o que faltou para o elenco foi apenas o título mundial.
Com goleadas elásticas sobre Coreia do Sul por 9 a 0 e Alemanha por 8 a 3, o time era cotado como o favorito para levantar a taça. Porém, na final, a mesma Alemanha renasceu e venceu milagrosamente por 3 a 2.
Base do time: Grosics, Buzánszky, Lóránt e Lantos; Bozsik e Zakariás; Toth, Kocsis, Hidegkuti, Puskás e Czibor. Técnico: Gustáv Sebes.
Holanda - Copa do Mundo de 1974
Outra seleção encantou o mundo em 1974 e foi parada pelo mesmo algoz da Hungria: os alemães. Apesar de ficar com o vice-campeonato da Copa, a seleção holandesa entrou para a história e ficou bem mais conhecida do que o campeão.
O esquema tático que os holandeses utilizavam ficou conhecido como "Carrossel Holandês". Nele, nenhum jogador jogava apenas em uma posição com um papel fixo.
Com vitórias sobre seleções tradicionais, como Argentina, Alemanha Oriental e Brasil, o time tinha Johan Cruyff como sua estrela e chegava na final de forma invicta.
Com uma marcação muito forte, a Alemanha não deixou o adversário impor seu belo jogo e parou a máquina com o placar de 2 a 1. Mas a “Laranja Mecânica”, como ficou conhecido o time, em título tirado do filme de Stanley Kubrick, já estava na história.
Base do time: Jan Jongbloed; Wim Suurbier, Arie Haan, Wim Rijsbergen e Ruud Krol; Wim Jansen, Johan Neeskens e Van Hanegem; Johnny Rep, Johan Cruyff e Rob Rensenbrink. Técnico: Rinus Michels
Brasil - Copa do Mundo de 1982
Na galeria das seleções que brilharam, mas não conquistaram o título mundial está outro elenco do Brasil, desta vez em 1982. A Seleção Brasileira já era tricampeã mundial após as conquistas de 1958, 1962 e 1970 e caminhava para o tetracampeonato nas mãos de Telê Santana, sendo considerada uma das melhores de todos os tempos.
Jogando de forma ofensiva, o Brasil carregava o melhor futebol e marcou uma época. Referência no ataque, a equipe era comandada no campo por Zico, que não conseguiu classificar o Brasil na tão esperada final. Com o placar de 3 a 2, a seleção brasileira foi derrotada pela Itália.
Jogando pelo empate na semifinal, o Brasil não abriu mão da característica ofensiva de seu jogo enquanto empatava por 2 a 2 com a seleção italiana, e sofreu o gol da vitória aos 29 minutos do segundo tempo. Apesar da derrota, a seleção foi recebida com festa pelos torcedores brasileiros. Até hoje o time de Telê é citado como referência de gente de peso no futebol, como o técnico Pep Guardiola.
Base do time: Waldir Peres, Leandro, Oscar, Luizinho e Júnior; Cerezo e Falcão; Sócrates, Zico e Éder; Serginho; Técnico: Telê Santana
França - Copa do Mundo de 2006
Com Zidane no protagonismo e outros craques, a seleção da França tinha como ambição conquistar a Copa do Mundo após passar vergonha em 2002, quando ficou na primeira fase. Apesar do brilho individual de grandes jogadores, a equipe teve dificuldades para passar na fase de grupos e só decidiu a classificação na última rodada. A partir das oitavas, a mágica aconteceu. E Zidane acordou de vez.
Nas quartas, a seleção francesa enfrentou o Brasil que, mesmo contando com estrelas como Ronaldinho, Ronaldo e Kaká, perdeu por 1 a 0 após Thierry Henry aparecer sozinho na área e estufar a rede. A bola para o gol foi dele, Zidane.
Na semifinal, Zidane resolveu aparecer novamente e liquidar a partida. O primeiro gol foi da Espanha com David Villa, que contava com jogadores que mais tarde se tornaram campeões do mundo. Ribery empatou para a França. Quando a partida parecia se encaminhar para os pênaltis, Patrick Vieira colocou a seleção francesa na frente após uma assistência de Zidane, que brilhou de novo, dessa vez com um gol aos 45 do segundo tempo, colocando a França na final da Copa com o placar de 3 a 1.
Após eliminar o Brasil, que era o atual campeão, Portugal, campeão europeu, e a Espanha, a França seguiu em busca do título contra a Itália em um confronto individual entre Zidane e Materazzi. Após o empate com gols de seus respectivos craques, a partida terminou nos pênaltis com vitória italiana. O jogo ficou marcado com a expulsão de Zidane, depois de uma cabeçada em Materazzi. O francês foi eleito o melhor jogador da competição, apesar da decepção coletiva na final, para se ter uma ideia da passagem de Zinedine em campos alemães.
Base do time: Barthez; Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Makelele, Vieira, Malouda e Zidane; Ribery e Henry; Técnico: Raymond Domenech.