Autor dos dois gols da vitória do Brasil sobre a Sérvia por 2 a 0 nesta quinta-feira (24), no jogo que marcou a estreia das suas seleções na Copa do Mundo de 2022, Richarlison foi o protagonista em campo. Mas destacou-se também fora deles nos últimos anos, assumindo papel importante na defesa de diversas causas.
O combate à pandemia da Covid-19 foi uma das principais. Desde que a doença começou a se espalhar pelo mundo, na virada de 2019 para 2020, o atacante chamou a atenção ao pedir cuidados. Em abril de 2020, foi apresentado como embaixador da USP (Universidade de São Paulo) na luta contra a doença.
Não foi só. Em novembro de 2021, o atacante publicou uma carta no site The Players’ Tribune pedindo que aos fãs que se vacinassem contra a doença.
“De coração, eu faço um apelo a todos vocês. Por favor, não deixe de tomar sua vacina! Senti que era necessário passar essa mensagem ao saber que muitas pessoas ainda não se vacinaram. Não por falta de imunizantes nem por atraso na entrega das vacinas, mas por escolha própria. E isso me deixa preocupado. De verdade”, escreveu.
E por falar em USP, o atacante doou uma chuteira utilizada na Copa América de 2021 para que a universidade leiloasse. A campanha arrecadou pouco mais de R$ 7 mil, quantia direcionada para o programa USP Vida, campanha de desenvolvimento de pesquisas sobre a Covid-19.
“Fico muito feliz por poder levar o nome da USP comigo, agora também para o campo. É sempre importante exaltar esse trabalho tão bonito da Universidade, que vem ajudando tanta gente. Importante agradecer a todos que estiveram envolvidos nessa ação, em especial, à Nike e ao Jorge, que arrematou a chuteira. Espero que possamos continuar nessa batalha juntos e ajudando a salvar vidas”, comemorou o atacante.
Cestas básicas
No começo de 2020, ainda no contexto da Covid-19, Richarlison doou 500 cestas básicas para moradores de bairros carentes de Nova Venécia (ES), sua cidade natal. A entrega foi acompanhada por funcionários da secretaria de Saúde do município.
Para evitar aglomerações, moradores receberam as doações nas próprias casas. A família do atacante se responsabilizou pela logística dos produtos.
Estudos no exterior
Antes da pandemia, o atacante capixaba do Tottenham e da seleção brasileira nunca deixou de olhar com cuidado aos conterrâneos.
Em 2019, um grupo de três alunos e um professor do Ifes (Instituto Federal do Espírito Santo) precisavam de ajuda para financiar a viagem para participar da Olimpíada Internacional de Matemática, em Taiwan. O custo previsto: R$ 50 mil.
Richarlison viu a publicação de uma das alunas nas redes sociais, entrou em contato com o professor e ofereceu ajuda.
Educação
Em julho de 2019, Richarlison recebeu a Comenda do Mérito Esportivo José de Anchieta Fontana, oferecida pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo. E aproveitou a presença no plenário da casa para pedir mais investimentos em educação.
“Sei que a única coisa que pode nos fazer evoluir como povo, como nação, é investir pesado em educação. Foi isso que pedi aos representantes do meu estado na solenidade: que ajudem a garantir um futuro melhor para as crianças e jovens da minha terra apostando neles”, registrou o jogador.
Pacientes com câncer
Discretamente, Richarlison contribui desde 2017 com o Instituto Padre Roberto Lettieri, instituição da cidade de Barretos (SP) que cuida de pacientes com câncer.
As doações – o equivalente a 10% do salário de Richarlison – começaram quando uma pessoa próxima da família do atacante foi diagnosticada com a doença. A paciente em questão se tratou no Hospital do Amor, em Barretos, que conta com o apoio do instituto.
Saúde de conterrânea
Uma trabalhadora rural de Nova Venécia lançou uma campanha de arrecadação online para tentar custear um procedimento médico, avaliado em R$ 2 mil.
A moradora então pediu ajuda a uma familiar de Richarlison, que intercedeu. O atacante então doou R$ 1,7 mil para completar o montante, destinado a uma cirurgia.