A falta de resultados com a Red Bull em 2024 fez Sergio Pérez pensar em se aposentar da Fórmula 1. O mexicano, no entanto, garante que ainda pretende passar mais alguns anos no grid da categoria.
“Nos últimos seis meses, eu realmente pensei sobre isso, mas precisei de três segundos para tomar a decisão (de continuar)”, afirmou Pérez em entrevista à plataforma DAZN. “No fim, depois de tantos anos, seria uma rota fácil sair e meio que desistir. Eu nunca me perdoaria por isso”, completou.
Sergio Pérez conquistou quatro pódios nas cinco primeiras corridas do ano. No entanto, desde então, entrou em má fase e se afastou dos primeiros colocados.
A má fase do mexicano foi seguida por uma queda de desempenho da própria Red Bull, que não sobe ao topo do pódio desde a vitória de Max Verstappen no GP da Espanha. Desde então, são oito vitórias seguidas das rivais: quatro da McLaren, três da Mercedes e uma da Ferrari.
Mesmo assim, Checo acredita que pode dar a volta por cima na Red Bull, com a qual tem contrato até o fim de 2026. Mais do que isso: que pode continuar feliz na F1.
“Quero terminar minha carreira quando eu quiser, e não quando alguém me disser. Este é meu foco: chegar ao ponto em que eu possa decidir meu futuro”, afirmou o mexicano. “Por enquanto, para ser honesto, estou muito motivado, quero muito continuar na F1. Eu gosto. Você aproveita os bons momentos, mas também aprende a aproveitar os momentos ruins.”
Pérez reconhece que gostaria de “esquecer destes últimos seis meses”, em especial dos problemas que vem tendo com o modelo RB20 utilizado pela Red Bull.
“A verdade é que tem sido duro. Imagina ter um carro tão limitado que você sabe que não pode fazer nada com ele no fim de semana. A única coisa que você pensa é que pode se acidentar a qualquer momento, porque não tem controle sobre ele”, criticou. “E logo a pressão midiática que tem a Red Bull, neste ambiente onde todo mundo te julga, crendo que você já não é tão bom quanto antes e muitas outras coisas.”
Aos 34 anos, Pérez afirma que não se imagina correndo na F1 por muito mais tempo. O próprio piloto diz que gostaria de passar mais tempo com a mulher, Carola, e com os quatro filhos do casal.
“Por enquanto, eu tenho mais dois anos de contrato, e dois anos na Fórmula 1 é um longo tempo, mas sei que o fim está se aproximando”, afirmou.
“Eu não me vejo correndo aqui como Fernando (Alonso, 43 anos), por exemplo, a quem eu admiro muito por tudo que ele fez com a idade que tem. Não é que eu não gostaria de fazer, mas eu tenho filhos pequenos e quero passar mais tempo com eles. No fim do dia, eles serão o fator decisivo.”