Ao terminar o Grande Prêmio de Singapura, Daniel Ricciardo era um nome bastante requisitado nas entrevistas. Emocionado, segurando as lágrimas, o australiano da Racing Bulls falava sobre o futuro na Fórmula 1, ciente de que aquela podia ser a última corrida dele na categoria.
Àquela altura, os rumores envolvendo a situação de Ricciardo já eram fortes. O piloto de 35 anos estava prestes a perder a vaga na equipe para o neozelandês Liam Lawson, então piloto reserva – o que acabou se confirmando dias depois.
Naquele dia, a figura bem-humorada de Daniel Ricciardo deu lugar a um semblante mais sério. O sorriso largo que marcou os melhores momentos da carreira ficou escondido.
Relembre a carreira de Ricciardo na F1 em sete pontos:
1. Ascensão
Desde que estreou na Fórmula 1 em 2011 pela Hispania, a carreira de Daniel Ricciardo viveu dois momentos distintos. Até deixar a Red Bull no fim de 2018, era visto como um piloto sempre a um passo de igualar os melhores – na primeira temporada de Drive to Survive, lançada em março de 2019, o próprio australiano reconhece que esperava naquele momento que já teria conquistado um título.
2. Em xeque
A partir de 2019, Ricciardo esteve sempre em reconstrução, tentando voltar a se firmar. Os resultados não vieram na Renault (2019 e 2020) ou na McLaren (2021 e 2022), e ele ficou sem vaga no grid de 2023. Foi acolhido pela Red Bull e assumiu uma vaga na AlphaTauri no decorrer daquele ano. No meio de 2024, pela agora Racing Bulls, foi dispensado.
3. Brincadeiras
Durante os altos e baixos, Danny Ric nunca deixou de sorrir e protagonizar bons momentos para quem estava em volta. As brincadeiras anunciando Pierre Gasly viraram uma constante. O visual de cowboy no Grande Prêmio dos EUA – com direito a cavalo no paddock em 2022 – também marcaram.
4. Brigadeiros
E o que dizer do brigadeiro de Mariana Becker para Daniel Ricciardo? Em 2021, após a vitória no GP da Itália, o australiano “cobrou” uma dívida da repórter da Band, que havia prometido brigadeiros a ele. E como promessa é dívida, Mariana fez e entregou os docinhos ao piloto da McLaren.
5. Fim da linha
As dificuldades na McLaren custaram caro: ainda que tivesse contrato até o fim de 2022, a equipe rescindiu no fim de 2022 para colocar Oscar Piastri no lugar. Na reta final daquele ano, um Ricciardo pouco sorridente era visto nos paddocks – inclusive no GP de São Paulo, após abandonar em decorrência de um acidente com Kevin Magnussen, da Haas.
6. A segunda chance
Fora do grid, Daniel Ricciardo voltou à Red Bull como piloto de testes. Com a vaga, voltou a sorrir. Voltou ao grid quando a AlphaTauri dispensou Nyck de Vries. E diante das oscilações de Sergio Pérez na equipe principal, era visto como principal candidato a substituir o mexicano a qualquer momento.
7. Fim da linha (de vez)
Em 2024, Daniel Ricciardo não conseguiu acompanhar os desempenhos de Yuki Tsunoda: o japonês somou 22 pontos em 18 corridas, contra 12 do companheiro. Aí, pesou a pressão nos bastidores para que Liam Lawson ganhasse terreno. Já na reta final da carreira e sem empolgar nos resultados, o australiano foi escolhido – e perdeu a vaga.