A largada do Grande Prêmio do Japão de 2023 deste domingo (25) trouxe memórias surpreendentes para Oscar Piastri, da McLaren: o Grande Prêmio do Japão de 1990.
Naquele ano, Ayrton Senna (McLaren) acertou Alain Prost (Ferrari) logo na curva 1, provocando os abandonos de ambos. A batida definiu o campeonato a favor do brasileiro: Senna deixou Suzuka com 78 pontos, contra 69 de Prost, a uma prova do fim da temporada. Na época, a vitória dava nove pontos, e o francês levava desvantagem nos critérios de desempates – no caso, o número de terceiros lugares, já que ambos poderiam empatar em vitórias e segundos lugares.
A batida foi uma revanche de 1989, quando Senna e Prost eram companheiros de McLaren. A seis voltas para o fim, Prost se enroscou com Senna na chicane de Suzuka, o que forçaria o abandono de ambos. A prova do francês acabou ali, mas o brasileiro foi recolocado na pista e venceu – apenas para ser desclassificado depois. Prost foi campeão com os resultados.
De volta a 2023, Oscar Piastri era o segundo no grid do Grande Prêmio do Japão, atrás apenas do pole position Max Verstappen. Na curva 1, o holandês da Red Bull levava pequena vantagem para o rival australiano – que, na hora, lembrou das posições de Senna e Prost em 1990.
“Bem, olhando agora, eu estava na posição perfeita para repetir Senna e Prost – tipo, literalmente perfeita. É verdade”, brincou Piastri, terceiro colocado da prova do fim de semana, em entrevista coletiva. Na largada, ele perdeu a posição para Lando Norris, também da McLaren.
“Eu podia ver Lando vindo por fora. Então, acho que ficar em terceiro era definitivamente o mais seguro... E apenas a opção mais segura naquele momento”, completou o piloto do carro 81, que optou por tirar o pé e evitar um choque.
O terceiro lugar no Grande Prêmio do Japão valeu a Piastri o primeiro pódio na Fórmula 1 – e, de quebra, o melhor resultado dele na categoria. Mas o australiano ainda vê pontos a melhorar.
“Eu não fui suficientemente rápido em certos pontos da corrida, acho. Você sabe, essas corridas com alto desgaste (dos pneus) são provavelmente o que eu mais preciso melhorar no momento. Acho que ainda está fresco na cabeça para mim, obviamente. Nas categorias de formação, não há corridas assim. Então, a única maneira de aprender é disputar corridas”, analisou.