A Williams não teve motivos para comemorar no Grande Prêmio do Japão: pela primeira vez na temporada 2023, os dois carros da equipe abandonaram na mesma prova. Tanto Alexander Albon quanto Logan Sargeant recolheram em decorrência de acidentes.
O norte-americano se envolveu em um toque com Valtteri Bottas (Alfa Romeo) e, com danos, recolheu para os boxes na volta 22. Curiosamente, Bottas havia atingido na largada o carro do tailandês, que abandonou na volta 26.
“Nenhum carro é forte o suficiente para sobreviver a esses tipos de batidas. Uma largada ruim deu início a isso, então precisamos trabalhar nessa questão, mas estivemos em uma posição errada o tempo todo e eu acabei espremido. Tive danos no carro desde a primeira volta, o que foi basicamente um ‘game over’, o que é uma pena. Tentamos pisar fundo e ver o que aconteceria na corrida, mas, no fim, precisamos recolher o carro”, analisou Albon.
Sargeant, por sua vez, reconheceu a responsabilidade no acidente com Bottas e lamentou o abandono. “As primeiras voltas foram certamente frenéticas. Eu larguei do pitlane com um monte de pedaços de carros na pista, preocupado em não ter um pneu furado. Do ponto de vista no acidente, eu travei os pneus dianteiros no segundo em que toqueis os freios na curva 11. Foi minha culpa, mas Bottas não deve ter visto que eu travei antes de fazer o movimento. Infelizmente, tivemos que recolher o carro depois do contato”, avaliou.
Ao longo do ano, cada um dos pilotos da Williams abandonou três provas. Antes, Albon ficou sem completar as corridas de Arábia Saudita e Austrália, enquanto Sargeant ficou pelo caminho no Canadá e na Holanda. O abandono duplo em Suzuka, no entanto, foi o primeiro do time desde o GP de Singapura, quando tanto o tailandês quanto seu então companheiro, o canadense Nicholas Latifi, encerraram prematuramente as participações em decorrência de acidentes.
A Williams admitiu a frustração com os abandonos, mas espera reagir logo para a reta final da temporada. O time ocupa a sétima colocação do Mundial de construtores, com 21 pontos.
“Fomos forçados a recolher os dois carros depois de danos prematuros sofridos do contato com outros carros. Ambos tivéramos danos na asa dianteira e no assoalho e, ainda que tenhamos conseguido trocar as asas dianteiras, os danos no assoalho pioraram, e não foi mais possível continuar com nenhum dos carros”, apontou Dave Robson, diretor de performance do veículo da Williams, que disse ser “muito decepcionante não terminar a corrida com nenhum dos carros”.