Antes que os pilotos fossem oficialmente para a pista de Interlagos, a movimentação do Grande Prêmio de São Paulo já era intensa. Especialmente para quem trabalha com o público.
É o caso de Carolina del Vale, uma das responsáveis por um quiosque de venda de bebidas no setor A das arquibancadas. Ela chegou ao local na quarta-feira (9) e acompanhou bastante gente trabalhando desde então.
“A estrutura estava montada, mas os meninos trabalharam até altas horas”, contou. “A galera foi até 21h, 22h.”
O GP de São Paulo de 2022 será a primeira experiência da vendedora com a Fórmula 1, mas não com Interlagos – antes, ela já trabalhou com eventos esportivos e culturais no circuito. Como fã, ela conseguiu acompanhar o GP em 2013.
“Tenho um filho de 18 anos que vai trabalhar, e que ama desde que tinha quatro anos”, disse.
Ali perto, Moisés Ribeiro também aguarda pelo GP de São Paulo. Presente ao autódromo desde a segunda-feira (7), o segurança espera ansioso pelo final de semana, já que trabalhará pela primeira vez em uma etapa da Fórmula 1.
“Hoje é mais tranquilo, ainda mais para eles entregarem a obra deles, entregarem mercadoria, fazerem manutenção”, diz Moisés, prevendo mais agitação nos próximos dias. “Queria que a corrida fosse na segunda-feira já.”
Enquanto reina a calmaria nas arquibancadas, o segurança já escolheu seu ponto favorito no local: a estátua de Ayrton Senna, inaugurada na quarta-feira.
“Fiquei ainda mais emocionado com o busto do Ayrton”, disse. “O que mais me impactou foi o busto. Ele já foi grande, mas o busto ficou do tamanho do que ele representou para o Brasil”, completou.
O eletricista Tiago Oliveira está há mais tempo em Interlagos – “uns dois meses”, diz. A equipe do setor é responsável por manutenção elétrica e permanece à disposição ao longo do fim de semana.
De poucas palavras, Tiago diz que acha a Fórmula 1 “massa pra c...” e espera ter a chance de ver Lewis Hamilton, da Mercedes. “Mas não vi ainda”, lamentou.