Mattia Binotto deixa a Ferrari após quatro anos como chefe da Scuderia na F1

Rumores indicavam que italiano não seguiria no cargo; equipe ainda não anunciou nome de substituto

Da redação

Mattia Binotto
Ferrari

A Ferrari confirmou, na manhã desta terça-feira, o que já era esperado: Mattia Binotto entregou o pedido de demissão e não será mais o chefe de equipe da Scuderia na F1. A decisão passa a valer a partir do dia 1 de janeiro de 2023, mas a equipe ainda não anunciou o sucessor do italiano para o cargo. 

“Com tristeza, decidi concluir minha colaboração com a Ferrari. Estou deixando uma empresa que amo e da qual faço parte há 28 anos com a serenidade da convicção de que fiz todo o possível para atingir os objetivos. Deixo uma equipe unida e em crescimento. Uma equipe forte e pronta para atingir objetivos mais altos, para os quais desejo o melhor para o futuro”, disse em comunicado emitido pela Ferrari. 

Binotto chegou à Ferrari em 1995 para uma posição no corpo técnico, como engenheiro na divisão de motores, e assumiu a chefia da equipe em 2019, após a saída de Maurizio Arrivabene. 

“Penso que é correto dar este passo neste momento tão difícil quanto esta decisão foi para mim. Gostaria de agradecer a todas as pessoas da Gestione Sportiva que compartilharam esta jornada comigo, feita de dificuldades mas também de grande satisfação”, finaliza. 

Os rumores sobre a saída de Mattia começaram na semana do GP de Abu Dhabi, quando foi noticiado de que o italiano seria substituído pelo chefe da Alfa Romeo, o francês Frederic Vasseur. 

Em meio à especulação, Binotto procurou o presidente da Ferrari, John Elkann, que reforçou a confiança no atual chefe da Scuderia ao emitir um comunicado oficial rechaçando os rumores. 

Porém, a situação parece ter se deteriorado entre Binotto e Elkann. Além disso, a mídia italiana indica também que a equipe de Charles Lerclerc deseja uma mudança na liderança da equipe. E o monegasco tem uma longa relação com Frederic Vasseur, que foi seu chefe em diversas categorias de base. A dupla trabalhou junta inclusive na F1, quando Charles estreou na Alfa Romeo. 

A decisão de substituir Binotto na equipe de Maranello se deu pelos resultados ruins da scuderia entre 2019 e 2022, onde a Ferrari não chegou definitivamente a disputar o titular, seja de pilotos ou de construtores, e cometeu muitos erros.

A Ferrari começou 2022 com o pé direito ao vencer no Bahrein. Mas o time foi desmoronando ao longo da temporada com erros de pilotos, equívocos na estratégia e problemas de confiabilidade, aumentando a pressão sobre Binotto. Foram 12 poles (mais do que qualquer outro time), porém apenas quatro vitórias no ano. 

Leclerc acabou conquistando o vice-campeonato, o que foi visto como um alento, mas que, aparentemente, não foi suficiente para Binotto salvar a própria pele. 

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